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ID
3139321
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Itapevi - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A. A., 62 anos, sexo feminino, portadora de diabete tipo 2 há 15 anos, compareceu à unidade básica de saúde para sua primeira consulta de enfermagem. Ao realizar a histórico de enfermagem, o enfermeiro foi informado que a usuária fazia uso de insulina há dois anos, preferia aplicar o medicamento no abdome, pois achava menos doloroso e que, para economizar, reutilizava as agulhas por até oito vezes. A. A. relatou ainda que estava com dificuldade em manter o controle glicêmico apesar de estar aplicando a medicação e seguindo a dieta corretamente e que já vivenciara alguns episódios de hipoglicemia. Ao analisar os registros do auto monitoramento da glicemia realizados pela usuária o enfermeiro observou a ocorrência de variação glicêmica indesejável. Os resultados de exames recentes, mostravam: glicemia de jejum = 136 mg/dL e Hb1Ac = 7,2%. Ao realizar o exame físico, à palpação do abdome, o enfermeiro constatou a presença de nódulos endurecidos sob a pele, não observáveis à inspeção dessa região. Ao realizar o exame dos pés de A. A., o enfermeiro observou sinais de neuropatia com a presença de dedos em garra, sem achados sugestivos de doença arterial periférica.

A presença de nódulos na região do abdome associada à dificuldade em manter o controle glicêmico são sinais sugestivos de

Alternativas
Comentários
  • Segundo o MS, caderno 36, pag 153:

    Apesar de serem descartáveis, as seringas com agulhas acopladas podem ser reutilizadas pela própria pessoa, desde que a agulha e a capa protetora não tenham sido contaminadas;

    o número de reutilizações é variável, de acordo com o fabricante, mas deve ser trocada quando a agulha começar a causar desconforto durante a aplicação (considera-se adequada a reutilização por até oito aplicações, sempre pela mesma pessoa);

  • LETRA E :

    lipo-hipertrofia, e A. A. deve ser orientada sobre a importância e a técnica de rodízio de locais de aplicação de insulina, evitando o reuso das agulhas, necessitando evitar a aplicação do medicamento em locais com nódulos até que o tecido se restabeleça.

  • Lipodistrofia é uma alteração no tecido subcutâneo,sendo as suas principais manifestações a lipoatrofia e a lipo-hipertrofia. Nessa última, há acúmulo de gordura nos locais em que mais se aplica insulina por via SC, formando nódulos endurecidos sob a pele. É o tipo mais comum de lipodistrofia.

  • A lipohipertrofia é um efeito colateral bastante comum em pacientes submetidos à terapia insulínica de longo prazo, sendo caracterizada por lesões fibrosas e pobremente vascularizadas, localizando-se no tecido adiposo subcutâneo.

    SENDO ORIENTADO O RODÍZIO

  • A lipohipertrofia é um efeito colateral bastante comum em pacientes submetidos à terapia insulínica de longo prazo, sendo caracterizada por lesões fibrosas e pobremente vascularizadas, localizando-se no tecido adiposo subcutâneo.

    Estudos em diferentes países mostram uma prevalência de 28 a 64% em pacientes com DM1 ou DM2, sendo geralmente mais comum no DM1.

  • A lipodistrofia também pode se manifestar de forma mista, com associação de lipoatrofia e lipo-hipertrofia.

    Nas mulheres, a lipoatrofia leva à perda de gordura no quadril e pernas e deixa os braços com as veias mais proeminentes. Quando há acúmulo de gordura (lipo-hipertrofia), o aumento das mamas e o aparecimento de giba (corcova) são muito frequentes.

    Nos homens, a gordura acumula-se principalmente no abdômen, que fica mais consistente e estufado.

  • Lembrando que de acordo com o CAB nº36:

    Apesar de serem descartáveis, as seringas com agulhas acopladas podem ser reutilizadas pela própria pessoa, desde que a agulha e a capa protetora não tenham sido contaminadas;

    O número de reutilizações é variável, de acordo com o fabricante, mas deve ser trocada quando a agulha começar a causar desconforto durante a aplicação (considera-se adequada a reutilização por até oito aplicações, sempre pela mesma pessoa);

  • Lipodistrofia é uma alteração no tecido subcutâneo, sendo as suas principais manifestações a lipoatrofia e a lipo-hipertrofia. Nessa última, há acúmulo de gordura nos locais em que mais se aplica insulina por via SC, formando nódulos endurecidos sob a pele. É o tipo mais comum de lipodistrofia. 

     correlação significativa entre a presença de lipo-hipertrofia, a não realização (ou a realização incorreta) de rodízio e o reúso de agulhas, existe risco significativamente maior quando a agulha é utilizada por mais de cinco vezes. 

    A absorção de insulina injetada em locais com lipo-hipertrofia é imprevisível, podendo causar hiperglicemias, hipoglicemias inexplicáveis e maior variabilidade glicêmica. Em locais com lipo-hipertrofia, a sensibilidade à dor pode diminuir significativamente, o que leva alguns indivíduos ao reúso intensificado de agulhas. 

    No caso apresentado não é uma lipoatrofia, já que nesse caso ocorre perda gradual de tecido subcutâneo nos locais de aplicação de insulina, formando depressões e no caso apresentado a paciente apresenta nódulos endurecidos. Portanto as alternativas B e D estão erradas. 

    A lipodistrofia não está relacionada a prega cutânea, portanto a alternativa A está errada. 

    Recomenda-se não aplicar insulina em locais com lipo-hipertrofia até que o tecido se restabeleça. O tempo para recuperação do tecido comprometido varia conforme grau e extensão do acometimento e de acordo com o indivíduo. Não é um tratamento cirúrgico, portanto a alternativa C está errada. 

    A alternativa E está correta quanto coloca que lipo-hipertrofia, e A. A. deve ser orientada sobre a importância e a técnica de rodízio de locais de aplicação de insulina, evitando o reuso das agulhas, necessitando evitar a aplicação do medicamento em locais com nódulos até que o tecido se restabeleça. 


    Gabarito do Professor: Letra E .


    Bibliografia 


    Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018 / Organização José Egídio Paulo de Oliveira, Renan Magalhães Montenegro Junior, Sérgio Vencio. -- São Paulo : Editora Clannad, 2017.