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ID
3139324
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Itapevi - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A. A., 62 anos, sexo feminino, portadora de diabete tipo 2 há 15 anos, compareceu à unidade básica de saúde para sua primeira consulta de enfermagem. Ao realizar a histórico de enfermagem, o enfermeiro foi informado que a usuária fazia uso de insulina há dois anos, preferia aplicar o medicamento no abdome, pois achava menos doloroso e que, para economizar, reutilizava as agulhas por até oito vezes. A. A. relatou ainda que estava com dificuldade em manter o controle glicêmico apesar de estar aplicando a medicação e seguindo a dieta corretamente e que já vivenciara alguns episódios de hipoglicemia. Ao analisar os registros do auto monitoramento da glicemia realizados pela usuária o enfermeiro observou a ocorrência de variação glicêmica indesejável. Os resultados de exames recentes, mostravam: glicemia de jejum = 136 mg/dL e Hb1Ac = 7,2%. Ao realizar o exame físico, à palpação do abdome, o enfermeiro constatou a presença de nódulos endurecidos sob a pele, não observáveis à inspeção dessa região. Ao realizar o exame dos pés de A. A., o enfermeiro observou sinais de neuropatia com a presença de dedos em garra, sem achados sugestivos de doença arterial periférica.

Com base nos sinais e sintomas observados no exame dos pés de A. A., o grau de risco do pé diabético (GR) e a conduta de cuidado (C) que o enfermeiro deve adotar são

Alternativas
Comentários
  • Classificação de risco do Pé Diabético

     

    São fatores de risco para desenvolvimento de úlceras e amputações (as duas principais complicações do Pé Diabético), quase todos identificáveis durante a anamnese e o exame físico do indivíduo (BOULTON et al., 2008):

     

    • História de ulceração ou amputação prévia.

    • Neuropatia periférica.

    • Deformidade dos pés.

    • Doença vascular periférica.

    • Baixa acuidade visual.

    • Nefropatia diabética (especialmente nos pacientes em diálise).

    • Controle glicêmico insatisfatório.

    • Tabagismo.

     

    SITUAÇÃO CLÍNICA:

     

    GRAU 0 : Neuropatia Ausente

    GRAU 1 : Neuropatia presente com ou sem deformidades (dedos em garra, dedos em martelo, proeminências em antepé, Charcot).

    GRAU 2 : Doença arterial periférica com ou sem neuropatia presente.

    GRAU 3 : História de úlcera e/ou amputação.

     

    Fonte: Boulton et al., 2008; Brasil, 2013.

  • LETRA B

    GR = 1; C = considerar o uso de calçados adaptados e agendar retorno para acompanhamento a cada 3 a 6 meses, com enfermeiro ou médico da Atenção Básica.

  • Jessika, olhe a Classificação que está no Quadro 4.1, pág 43, do Manual do Pé Diabético do MS, 2016. Isso responderá sua dúvida. http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/manual_do_pe_diabetico.pdf,

  • A resposta esta no CAB 36 PÁGINA 101

    na página 19 do manual do pé diabético 2016 também tem uma pequena tabela que ajuda a fixar essa questão.

  • Cuidados recomendados para o Pé Diabético, segundo a Classificação de Risco 

    Grau 0 - Sem PSP (Perda de Sensibilidade Protetora dos pés). Sem DAP (Doença Arterial Periférica). Orientações sobre calçados apropriados. Estímulo ao autocuidado. Acompanhamento anual, com enfermeiro ou médico da Atenção Básica. 

    Grau 1 - PSP com ou sem deformidade - Considerar o uso de calçados adaptados. Considerar correção cirúrgica, caso não haja adaptação. Acompanhamento a cada 3 a 6 meses, com enfermeiro ou médico da Atenção Básica. 

    Grau 2 - DAP com ou sem PSP - Considerar o uso de calçados adaptados. Considerar necessidade de encaminhamento ao cirurgião vascular. Acompanhamento a cada 2 a 3 meses com médico e/ou enfermeiro da Atenção Básica. Avaliar encaminhamento ao cirurgião vascular 

    Grau 3 - História de úlcera ou amputação -  Considerar o uso de calçados adaptados. Considerar correção cirúrgica, caso não haja adaptação. Se houver DAP, avaliar a necessidade de encaminhamento ao cirurgião vascular. Acompanhamento a cada 1 a 2 meses, com médico e/ou enfermeiro da Atenção Básica ou médico especialista. 

    De acordo com a classificação apresentada acima e o caso apresentado pela banca, na qual AA tem Perda de Sensibilidade Protetora dos pés com deformidade sem Doença Arterial Periférica, a única alternativa corretamente descrita é a letra B. 

    Gabarito do Professor: Letra B. 

    Bibliografia 

    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual do pé diabético : estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2016. 


  • DIABETES TIPO II :

    Enfermeiro observou sinais de neuropatia com a presença de dedos em garra, sem achados sugestivos de doença arterial periférica.

    Com base nos sinais e sintomas observados no exame dos pés o grau de risco do pé diabético (GR) e a conduta de cuidado (C) que o enfermeiro deve adotar :

    GABARITO B ) :

    GR = 1; C = considerar o uso de calçados adaptados e agendar retorno para acompanhamento a cada 3 a 6 meses, com enfermeiro ou médico da Atenção Básica.

    Observação : GR ( Grau de Risco ) :

    GRAU 0 : NEUROPATIA AUSENTE .

    GRAU 1 : SINAIS CLÍNICOS LEVE : deformi/dades = DEFORMAR : Neuropatia presente com ou sem deformidades (dedos em garra, dedos em martelo, proeminências em antepé, Charcot).

    GRAU 2 : MODERADO : DOENÇA arterial periférica com ou sem neuropatia presente .

    GRAU 3 : GRAVE : História de úlcera e/ou AMPUTAÇÃO .

     

  • Complementando o comentário da colega:

    GRAU 0 : Neuropatia Ausente-Orientações sobre calçados apropriados. Estímulo ao autocuidado acompanhamento anual na at; básica

    GRAU 1 : Neuropatia presente com ou sem deformidades (dedos em garra, dedos em martelo,

    proeminências em antepé, Charcot).- Considerar o uso de calçados adaptados. Considerar correção cirúrgica caso não haja adaptação - acompanhamento de 3 a 6 meses

    GRAU 2 : Doença arterial periférica com ou sem neuropatia presente -Considerar o uso de calçados adaptados. Considerar necessidade de encaminhamento ao cirurgião vascular- 2 a 3 meses

    GRAU 3 : História de úlcera e/ou amputação.- Considerar o uso de calçados adaptados. Considerar correção cirúrgica caso não haja adaptação. Se DAP, avaliar a necessidade de encaminhamento ao cirurgião vascular - 1 a 2 meses

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia.