Certa. Em 1979, a Revolução Iraniana derrubou o Xá Mohammad Reza Pahlevi do comando do país e instaurou uma República teocrática Islâmica sob o comando do Aiatolá Khomeini. Inicialmente a revolução não teve caráter islâmico, constituindo-se em greves gerais e manifestações contra o regime de Reza Pahlevi. Após as medidas econômicas de 1976, que promoveram uma abertura da economia iraniana ao Ocidente, um forte período de crise e inflação instaurou- se no país. Entre 1975 e 1976, Reza Pahlevi havia feito importantes reformas laicas, que haviam desagradado profundamente os grupos religiosos. A abertura pró-Ocidente, no entanto, era acompanhada de fortes repressões e censura aos opositores do governo Pahlevi. A insatisfação geral da população iraniana resultou em uma série de greves em todos os setores em 1978 e a repressão do governo apenas incitou mais a população a continuar a lutar. Em janeiro de 1979, o Xá Reza Pahlevi deixa o governo iraniano e exila-se nos EUA, deixando as portas abertas para o retorno ao Irã do Imã Khomenini, que estava no exílio havia 15 anos. Khomenini, ao voltar ao Irã, Proclama a República Islâmica do Irã e a revolução ganha um teor fundamentalista com a instituição do Conselho Revolucionário Islâmico. Khomenini, aos poucos, começa a adotar medidas fundamentalistas como o limite da liberdade de expressão, a declaração da ilegalidade do governo civil, a Sharia (lei islâmica) como lei do país, entre outros. Pelo fato que os EUA haviam concedido asilo ao Xá Reza Pahlevi e estavam por trás de várias das medidas pró-Ocidente anteriores à revolução, os americanos e Israel, principal aliado americano na região, tornaram-se os inimigos da revolução. O incidente mais conhecido envolvendo os dois países foi o sequestro dos membros da Embaixada norte-americana de Teerã em 1979 que durou até 1981.
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