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Vide comentário à questão Q10556.
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O referido “realismo periférico”, como nomearam alguns analistas o paradigma da política extena argentina dos anos 90 até 2003 (já o professor Amado Cervo prefere chamar este de “paradigma normal”), privilegiava as relações com os países mais desenvolvidos (como os membros da OCDE) e especialmente com os EUA, além de procurar seguir com esmero as orientações dos organismos econômicos internacionais (principalmente as do FMI).
Após a crise argentina de 2002 e a eleição de Néstor Kirshner em 2003, este país abandona o referido paradigma e procura firmar um chamado “novo pacto”, que seria “não com o capital financeiro internacional, mas com o setor produtivo nacional”. É importante extrair desse discurso a nova forma de comandar a política econômica argentina e que trouxe consigo uma relação mais conflituosa entre o país e os organismos econômicos mundiais.
Na política externa, esse novo paradigma se reflete em abandono daquela relação de alinhamento inequívoco com os EUA e uma maior aproximação para com outros países – inclusive com seus vizinhos sul-americanos, em especial com a Venezuela.
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Não, o PE argentina hoje é voltada para a América Latina.
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ERRADO
A presidência Kirchner (2003/2007) retomou a estabilidade interna, alcançando sucesso relativo na recuperação econômica, que garantiu a sucessão presidencial a Cristina Kirchner, esposa do então presidente, que tomou posse em 2007. Em termos de política externa, a era Kirchner representou uma quebra nos padrões de alinhamento de Menem e uma tentativa de recuperar a autonomia. Esta tentativa de reforma ocorre em condições adversas, o que leva a periódicas crises com o Brasil e a tentativas de aproximações com o eixo Chávez. A situação argentina permanece oscilante, devido a diversos pontos de estrangulamento estruturais na produção (declínio industrial e recuo ao modelo agroexportador) e nos setores estratégicos como energia.
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Atualizando a questão, verifica-se que não há essa tendência mesmo agora no governo Macri. A Argentina mantém sua relação com o EUA e Brasil mas também visa uma relação mais estreia com outros membros do BRICS, particularmente com a China e Rússia. Também podemos inferir que ela visa desenvolver sua base hemisférica regional no Mercosul com o intuito de se aprimorar e aproximar-se da Apec.
link sobre tendências da PI de Macri:
https://www.ictsd.org/bridges-news/pontes/news/o-“novo”-e-o-“velho”-na-política-externa-argentina-do-governo-de-cambiemos
P.S- Sou iniciante no assunto. Se falei bobagem, por favor, alguém dê um toque . ;)