SóProvas


ID
3173566
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Campinas - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

    Houve um tempo em que o jornalismo investigativo vivia de entrevistas confidenciais que pessoas bem informadas sobre algum assunto de interesse davam a repórteres em que confiavam, em troca de não terem sua identidade revelada.
    Eram tempos em que uma caneta, um bloquinho e uma agenda de telefones privilegiada constituíam todo o básico de investigação de qualquer jornalista. Um profissional sério desprezava até os gravadores de fita cassete, que, em geral, intimidavam os entrevistados. A palavra gravada precisava ser cuidadosamente medida e calculada. Em off, a conversa corria mais solta. Assim nasciam os grandes furos.
    Por óbvio, naquele tempo já havia pequenos aparelhos desenvolvidos pelas agências de espionagem internacionais que permitiam instalar dispositivos de gravação e filmagem disfarçados de abajures, canetas, óculos e até botões de roupa. Nada disso, porém, era de fácil acesso às pessoas comuns – o que só mudaria com o advento dos smartphones, a partir do final da década de 1990.
    A cumplicidade entre internet e dispositivos móveis de captação de som, imagem e informação, com a possibilidade de retransmissão instantânea do material captado, alterou de vez a relação entre o homem moderno e seu ambiente social. Começava, nesse momento, a grande derrocada da privacidade como a conhecemos um dia.
    A primeira rede social via internet nos moldes atuais, a Classmates, surgiu em 1995, nos Estados Unidos e Canadá. Era voltada para a troca de informações entre estudantes universitários. Desde então, as redes se multiplicaram e acabaram por se transformar nos principais polos de disseminação de informação do planeta. A maior rede disponível hoje, o Facebook, foi criada em 2004 por estudantes de Harvard e reúne mais de 2,2 bilhões de usuários, entre pessoas reais, perfis falsos e robôs.
    Por meio das redes, a indústria e o comércio sabem o que mais consumimos, presidentes são eleitos e derrubados, e os pecados que gostaríamos de ver escondidos são tornados públicos.
    O onipresente olho nos acompanha a cada passo que damos, reconhecendo-nos quando circulamos, pretensamente anônimos, em meio às multidões dos blocos carnavalescos.

(Luiza Pastor. Redes sociais destruíram ideia de privacidade, diz pesquisadora. www1.folha.uol.com.br, 28.06.2019. Adaptado)

Encontra-se em conformidade com a norma-padrão da língua, quanto ao emprego e à colocação dos pronomes, a seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    A) Os grandes furos nasciam de conversas, e os informantes eram quem os providenciava. ? correto.

    B) Jornalistas sérios conheciam os gravadores de fita cas-sete, mas desprezavam-o. ? temos um verbo terminado em ditongo nasal, usa-se, assim, -no(s), -na(s), o correto é: desprezavam-nos.

    C) Além de medir bem a palavra gravada, o profissional adequadamente calcula-a. ? a form original do verbo é "calcular", terminações em -r, -s e -z ? essas letras saem e usa-se -lo(s), -la(s).

    D) A privacidade começou a decair e não lhe protegem por causa dos interesses escusos. ? protegem alguma coisa (verbo transitivo direto, logo não se pode usar o pronome "lhe"), o correto é usar o pronome oblíquo "a" retomando o substantivo "privacidade".

    E) As pessoas com seus pecados, muitos ou poucos, os levam para a internet, os tornando públicos. ? não podemos começar oração com o pronome, o correto é: levam-nos e tornando-os.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • O termo "quem" é o sujeito de "providenciava" e por isso o verbo fica no singular?

    E o pronome "os" vem na forma de próclise pois o termo "quem" é atrativo?

  • Complemento:

    A) Os grandes furos nasciam de conversas, e os informantes eram quem os providenciava.

    "quem"= fator de próclise

    providenciava algo = VTD= OD

    Não esquecer: o(s), a(s), lo(s), la(s) , *no(s), na(s)*= representam objetos diretos.

    D) A privacidade começou a decair e não lhe protegem por causa dos interesses escusos.

    não protegem algo=OD!

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • "Eram quem" é partícula expletiva (pode apagar do texto que não muda nada). Ela também conta como fator de atração do pronome.

    Mas o estranho mesmo é aquele verbo ali "providenciava". "Os informantes providenciavam os grandes furos" erro de concordância total. Eu olhei o site mas é mt confuso, não consegui ver se anularam a questão por causa disso ou não.

  • Acrescentando

    quando se tem uma conjunção coordenativa (e não subordinativa), a colocação do pronome é optativa, em próclise ou em ênclise. Nesse caso, pode-se fazer o uso indistinto de uma ou de outra colocação.

    Ex: I) "... mas se esqueceu das autoridades modernas..." (conjunção coordenativa e pronome em próclise);

    II) "... mas esqueceu-se das autoridades modernas" (conjunção coordenativa e pronome em ênclise).

  • Gabarito "A" → O pronome relativo "quem" requer a próclise, e o pronome oblíquo "os" está corretamente empregado, pois refere-se a "grandes furos".

    Corrigindo nosso amigo Arthur Carvalho: "C) Além de medir bem a palavra gravada, o profissional adequadamente calcula-a. → a form original do verbo é "calcular", terminações em -r, -s e -z → essas letras saem e usa-se -lo(s), -la(s)."

    Conclusão errada, pois o verbo está no presente(calcula), logo termina com "a". Não tem nenhuma relação com a regra do -r, -s e -z. O motivo pela qual a alternativa "C" está errada, é que há o advérbio "ADEQUADAMENTE" antes do verbo calcula, fazendo com que a próclise seja obrigatória. O certo seria "adequadamente a calcula".

    Bons estudos!

  • O verbo "providenciar" fica no singular pois configura um dos casos de concordância com o pronome QUEM

    O verbo poderá concordar com o antecedente do pronome OU ficar na 3º pessoa do singular (que foi o caso da alternativa "a")

  • depois do ''quem'' (pronome relativo), vem o ''os'' (pronome obliquio)

    gab A

  • O comentário do Arthur Carvalho está errado em relação a letra C. A explicação correta seria: Adequadamente é um advérbio de modo, ADVÉRBIOS ATRAEM PRONOMES PARA PERTO: O profissional adequadamente A caucula.

    FIQUEM ESPERTOS COM OS COMENTÁRIOS!!

  • Gosto de substituir o pronome pela expressão "aquele que" e colocar na sequência direta, por exemplo: "quem" [aquele que] pronunciava os grandes furos.

    Sem erro!

    Sucesso a todos! ;)

  • Pessoal e enquanto a negativa que atrai o pronome, em relação a alternativa (e)?

  • GABARITO: A

    Complementando:

    A concordância em uma frase que possui o "quem", pode ser feita com o singular (concordando com o "quem") ou o plural/singular (concordando com o antecedente). Observe:

    "Foram as pessoas quem fizeram/fez as reclamações" (eu sei, fica estranho, mas está gramaticalmente correto)

    .

    No caso da questão:

    Os grandes furos nasciam de conversas, e os informantes eram quem os providenciava/providenciavam

  • Errei por causa do erro de concordância da alternativa A "providenciava"