Foi Mintzberg quem afirmou que o comportamento organizacional é um jogo de poder no qual vários jogadores, chamados influenciadores, tentam controlar as ações e as decisões da organização. Esses influenciadores usam “voz" quando optam por permanecer na organização para tentar mudar o sistema e procuram dominar as bases de poder para utilizá-las em jogos cujo objetivo é satisfazer suas próprias necessidades ou assegurar o alcance dos interesses organizacionais que se encontram em risco. A maneira como acontecem esses jogos e o fluxo dinâmico do poder definem a configuração do poder na organização. Jogos constituem mecanismos concretos, a partir dos quais as pessoas estruturam e regulam suas relações de poder, ao mesmo tempo que garantem sua liberdade de ação. São os jogos que regulamentam as relações humanas. Por meio deles, a humanidade concilia liberdade e restrição, tanto na sociedade quanto na organização.
O autor classificou 13 tipos de jogos de poder, agrupados em cinco categorias principais:
Os jogos de poder perpassam indivíduos e coalizões e constituem ferramentas de ação que são utilizadas para fazer o poder fluir na organização, tornando-a dinâmica. Os jogos constituem construções sociais que movimentam a organização, reforçam significados, portanto, o simbólico, ou tentam alterar as características da ordem sócio-organizacional. Constituem o próprio movimento do poder. Jogados por indivíduos e grupos, acabam por ser considerados ferramentas essenciais à manutenção ou à mudança do estilo de ser da organização.
ZANELLI, J. C. Psicologia, organizações e trabalho no Brasil [recurso eletrônico] / Organizadores, José Carlos Zanelli, Jairo Eduardo Borges-Andrade, Antonio Virgílio Bittencourt Bastos. – 2. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2014.
GABARITO DO PROFESSOR: CERTO.