SóProvas


ID
3194125
Banca
FCC
Órgão
Câmara de Fortaleza - CE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Ela canta, pobre ceifeira,

                                 Julgando-se feliz talvez;

                                 Canta, e ceifa, e a sua voz, cheia

                                 De alegre e anônima viuvez,


                                 Ondula como um canto de ave

                                 No ar limpo como um limiar,

                                 E há curvas no enredo suave

                                 Do som que ela tem a cantar.


                                 Ouvi-la alegra e entristece,

                                 Na sua voz há o campo e a lida,

                                 E canta como se tivesse

                                 Mais razões p’ra cantar que a vida.


                                 Ah, canta, canta sem razão!

                                 O que em mim sente ’stá pensando.

                                 Derrama no meu coração

                                 A tua incerta voz ondeando!


                                 Ah, poder ser tu, sendo eu!

                                Ter a tua alegre inconsciência,

                                 E a consciência disso! Ó céu!

                                 Ó campo! Ó canção! A ciência


                                  Pesa tanto e a vida é tão breve!

                                  Entrai por mim dentro! Tornai

                                  Minha alma a vossa sombra leve!

                                  Depois, levando-me, passai!

(PESSOA, Fernando. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 144

O pleonasmo é definido como a redundância de termos no âmbito das palavras, mas de emprego legítimo em certos casos, pois confere maior vigor ao que está sendo expresso. Verifica-se a ocorrência de pleonasmo no seguinte verso:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    ? Entrai por mim dentro! Tornai (6ª estrofe)

    ? A expressão entrar para dentro é considerada um pleonasmo vicioso ou uma redundância. Nesse vício de linguagem ocorre a repetição supérflua e inútil de ideias, sendo essa repetição desnecessária para a transmissão do conteúdo da frase; quem entra já é dentro de algo (=repetição desnecessária).

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  • Gabarito E

    O pleonasmo é uma redundância de termos no âmbito das palavras.

    Entrai por mim dentro! TornaiOra, quem entra, já está dentro. A frase apenas retificou oque já tinha dito.

  • FIGURAS DE LINGUAGEM

    METÁFORA: Comparação implícita

    SÍMILE ou COMPARAÇÃO: Comparação explícita

    ANTÍTESE: oposição lógica

    PARADOXO: oposição não lógica

    HIPÉRBOLE: exagero

    EUFEMISMO: suavização

    ELIPSE: Omissão de um termo subentendido

    ZEUGMA: omissão de um termo já dito.

    POLISSÍNDETO: Vários conectivos

    ASSÍNDETO: Nenhum conectivo

    ALITERAÇÃO: Repetição de consoantes

    ASSONÂNCIA: Repetição de vogais

    PLEONASMO ENFÁTICO: reforçar a ideia

    IRONIA: sarcasmo

    GRADAÇÃO: ascensão

    ONOMATOPEIA: é uma figura de linguagem que significa o emprego de uma palavra ou conjunto de palavras que sugerem algum ruido:

    HIPÉRBATO: inversão, ordem indireta da frase

    METONÍMIA: substituição do autor pela obra

    CATACRESE: ausência de termos especifica, pé da mesa

    SINÉDOQUE: subs. do todo pela parte

    SINESTESIA: mistura de sentidos

    PROSOPOPEIA: personificação de coisas

    PARONOMÉSIA: trocadilho

    APÓSTROFE: vocativo

    SILEPSE: concordância com a ideia

    PERÍFRASE: substituir com maior quantidade de palavras o nome de uma pessoa

    ANÁFORA: repetição

  • GAB: E

    Entrai por mim dentro! Tornai

    Trata-se de um pleonasmo vicioso. Trata-se de uma expressão que repete o mesmo conceito já emitido.

    – Vamos ter de subir para cima agora, senão vai ficar muito tarde.

    Adia essa reunião para depois, porque é preciso pensar melhor na pauta.

    – O fim da novela foi uma surpresa inesperada, visto que o principal protagonista de

    uma trama nunca morre.

    Fernando Pestana.

  • Figuras de Linguagem

    ANTÍTESE: oposição lógica

    " Dia e noite"

    ASSÍNDETO: Nenhum conectivo

    "Tive ouro, tive gado, tive fazendas''

    ALITERAÇÃO: Repetição de consoantes, no exemplo é observado a quantidade de (V)

    "Vozes veladas, veludosas vozes.

     ASSONÂNCIA: Repetição de vogais

    APÓSTROFE: vocativo

    ''Filho, estou aqui te esperando!''

    ''Ó Pedro, você pode parar com esse barulho todo?''

    ANÁFORA: repetição intencional de uma palavra 

    "a onda anda aonde, anda na onda"

     CATACRESE: ausência de termos especifica, pé da mesa,  asa da xícara”, “céu da boca”, “dente de alho”, “embarcar no avião”, “pé da página”

    “Embarcaremos em junho rumo à Bahia” 

    ELIPSE:  omissão de um verbo já mencionado

    ''Fiz o jogo ontem'' → sujeito oculto/elíptico "eu").

    METÁFORA: Comparação implícita

    " Os artigos extraídos de um site com 10 mil palavras, formando uma grande massa"

    “Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés,

    SÍMILE ou COMPARAÇÃO: Comparação explícita

    Meu irmão é teimoso como uma mula.

    PARADOXO: oposição não lógica

    "Estou cego e vejo o mundo perverso"

    HIPÉRBOLE: exagero

    “Eu nasci, há dez mil anos atrás.”

    EUFEMISMO: suavização de uma ideia 

     "Ele sempre faltava com a verdade" (= mentia)

    ELIPSE: Omissão de um termo subentendido

    ZEUGMA: omissão de um termo já dito.

     (ex.: Nem ele entende a nós, nem nós a ele. - omissão do termo "entendemos")

    POLISSÍNDETO: Vários conectivos repetitivos 

    "As ondas vão e vem, e vão, e são como o tempo" ( repetição E )

    Sabe que não tem chances de entrar para a equipe, mas tenta, mas insiste, mas importuna o líder. ( Repetição MAS)

    PLEONASMO ENFÁTICO: reforçar a ideia

     “E rir meu riso e derramar meu pranto....

    IRONIA: sarcasmo

    ''Fale mais alto, lá da esquina ainda não dá para ouvir''

    GRADAÇÃO: consiste no acréscimo de idias gradativas

     "e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas

    ONOMATOPEIA: é uma figura de linguagem que significa o emprego de uma palavra ou conjunto de palavras que sugerem algum ruido:

    HIPÉRBATO: inversão, ordem indireta da frase

    ''Alegrias e dores terás pela vida'' ( ordem indireta)

    METONÍMIA: substituição do autor pela obra

    a) Estava lendo Stephen King (na verdade era o livro); 

    SINÉDOQUE: substituição do todo pela parte

    ''Vou sair de casa de meus pais e ter meu próprio teto''. (casa)

    SINESTESIA: mistura de sentidos   tato, audição, olfato, paladar e visão".

    “No invisível do vento”

    PROSOPOPEIA/PERSONIFICAÇÃO: personificação de coisas

    "Os medos de pequeno vêm nos assombrar, os pesadelos vêm roubar"

    PARONOMÁSIA: trocadilho é quando se usa palavras com sons parecidos.

    "a onda anda aonde, anda na onda"

    SILEPSE: concordância com a ideia

    ''Angra dos Reis é encantadora! (a concordância é feita com a palavra cidade, feminina, que está subentendida)''

    PERÍFRASE: substituir com maior quantidade de palavras o nome de uma pessoa

    ''Moro no país do futebol. (Brasil)''

  • GABARITO: E

    Entrai por mim dentro! Tornai

    Se algo ou alguém entra, na certa é pra dentro. (pleonasmo)

  • Pleonasmo: entrai por dentro ou sair pra fora

    GAB: E

  • Gabarito: E

    Principais Regras de Figuras de Linguagem:

    a)    Elipse X Zeugma – A elipse é a omissão de um termo já subentendido (Ex: (Nós) bebemos água) e a Zeugma é o uso da virgula vicária, você basicamente subentende um verbo geralmente (Ex: Eu estudei para a prova, e ela, não).

    b)    Pleonasmo – “Lembra da palavra plágio”, logo significa trazer um mesmo significado com duas palavras diferentes. Ex: Subir para cima, descer para baixo etc.

    c)     Antítese – Emprego de palavras com sentidos contrários. Ex: O céu e o inferno.

    d)    Eufenismo – “Lembra que essa palavra é um pouco delicada”, logo é para tornar algum termo menos agressivo. Ex: Em vez de você falar gordo, você fala fofo. “Olha aquele fofo”.

    e)    Hipérbole – Exagero da ideia. Ex: Morrer de rir.

    f)      Comparação X Metáfora – A comparação eu uso o conectivo, geralmente “como” e a metáfora eu não quero nem saber do conectivo, eu digo realmente que você é. Ex: Igor é forte como um touro (comparativo) e igor é um touro (metáfora).

    g)    Metonímia – Substituição de palavras. Ex: Eu usei cotonete. Na verdade você não usou o cotonete, e sim uma haste de algodão.

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