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A)
Principais desvantagens (disfunções) da burocracia:
• Apego exagerado às regras e regulamentos internos – o servidor burocrático era mais valorizado por conhecer as regras e procedimentos do que pelos conhecimentos técnico-profissionais: fato decorrente é que se transforma essas regras em objetivos a perseguir, deixando em segundo plano os fins visados pela organização. Para Robert Kaplan (1966), o apego é exagerado quando a “observação rigorosa das normas interfere na consecução dos fins da organização”;
• Formalismo exagerado e excesso de papelório – todos os atos deveriam ser formais e escritos (documentados), o que gerava uma enorme quantidade de pastas contendo documentos, em grande parte desnecessários;
Atenção → Para alguns autores o formalismo exagerado/excesso de papelório é a “mais gritante das disfunções”.
• Resistência a mudanças – uma vez aprendidas as regras que determinam como fazer, o servidor burocrata reage contrário a novas formas de se fazer (reage contrário a mudanças), visto que lhe causam insegurança;
• Desconsideração à pessoa do servidor (despersonalização) – olha-se os cargos existentes na estrutura hierárquica da organização, sem consideração com o lado pessoal de quem os ocupa: o relacionamento torna-se impessoal;
• Rigidez e falta de flexibilidade – a necessidade de atuar sempre de acordo com as normas previamente estabelecidas não permite agilidade e flexibilidade à administração burocrática: afasta-se a capacidade criativa e a inovação;
• Desconsideração do cidadão – a burocracia é insulada, gosta de guiar-se por si mesma, é autorreferida e considera mais importante atender a seus interesses do que aos dos cidadãos;
• Decisões distantes da realidade – como as decisões são sempre tomadas pela alta administração (mesmo que tecnicamente desconheça o assunto), e esta se encontra distante da realidade da execução, muitas delas são completamente inadequadas.
Em síntese: em que pesem os aspectos positivos, a burocracia falhou, visto que na prática não alcançou seu maior objetivo: ser eficiente; e não conseguiu se manter impessoal.
Bresser-Pereira (2002), referindo-se à burocracia brasileira, afirma que “o Brasil nunca foi capaz de ter um serviço público similar ao francês ou mesmo ao americano” – ou seja: o Brasil nunca teve uma burocracia weberiana pura.
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LETRA A
1 – 2 – 1 – 2 – 1
1. Características da burocracia.
2. Disfunções da burocracia.
(1 ) Normas e regulamentos.
(2 ) Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público.
(1 ) Racionalidade e divisão do trabalho.
( 2) Resistência às mudanças.
( 1) Impessoalidade nas relações.
Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.
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LETRA A)
Vejam bem, cita-se características e disfunções!
Explicação: "Segundo Max Weber, a burocracia tem as seguintes características: 1. Caráter legal das normas e regulamentos. Assim, o resto seria as disfunções.
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Gabarito: letra A
a) 1 – 2 – 1 – 2 – 1
O enunciado pede para relacionarmos as características e disfunções da burocracia às respectivas situações.
A teoria da burocracia (ou teoria burocrática) é a corrente baseada nos trabalhos de Max Weber. Já as disfunções da burocracia são as consequências imprevistas (ou não desejadas) que levam à ineficiência e às imperfeições.
Antes, vejamos as características da Burocracia, segundo Weber:
- Caráter legal das normas e regulamentos;
- Caráter formal das comunicações;
- Caráter racional e divisão do trabalho;
- Impessoalidade nas relações;
- Hierarquia da autoridade;
- Rotinas e procedimentos padronizados;
- Competência técnica e meritocracia;
- Especialização da administração;
- Profissionalização dos participantes;
- Completa previsibilidade do funcionamento.
As três características mais relevantes da teoria burocrática em administração seriam (FIP):
- Formalidade;
- Impessoalidade
- Profissionalismo.
Esse seria o tripé da burocracia.
Fonte: Chiavenato, 2003, p. 269.