Bom, antigamente, as empresas costumavam ser controladas pelos proprietários: “fulano é dono daquela empresa, então é ele quem a administra". Mas, agora, a estrutura de controle e de gestão mudou (ou ainda está mudando). Agora estamos nos deparando com a separação das funções entre proprietários e administradores. Isto é: o proprietário é uma pessoa e o administrador é outra pessoa. O proprietário (que aqui pode ser chamado de principal) delega a um administrador (que pode ser chamado de agente) poder de decisão sobre a firma.
“E por que isso, professor?"
Porque nem sempre os interesses do proprietário estão alinhados com os interesses da administração (e da empresa), ou seja, a separação das funções entre proprietários e administradores é feita para evitar conflito de interesses.
Aqui estamos falando da Teoria da Agência, desenvolvida por Jensen e Meckling, cuja hipótese principal é que os indivíduos têm interesses diferentes e cada um busca maximizar seus próprios objetivos.
Certo. Então vamos à questão. Ela diz que a frequente separação dos sócios controladores (os proprietários, os principais) da gestão da empresa permite que os administradores (os agentes) atuem precipuamente em benefício dos acionistas. Isso até pode ser verdade, pois um dos stakeholders de uma empresa são os acionistas, e os administradores também devem procurar atender os seus interesses.
Mas a questão fica errada mesmo quando menciona que os administradores iriam atuar contra os seus próprios objetivos, pois isso vai de encontro à hipótese da Teoria da Agência, segundo a qual cada indivíduo busca maximizar seus próprios objetivos.
Gabarito do professor: ERRADO.