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ID
3213637
Banca
FGV
Órgão
SEE-PE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O Direito Administrativo é regido por princípios expressos na Constituição Federal de 1988 e por princípios inferidos a partir da prática jurídica. Isto é, estes princípios são reconhecidos como diretrizes a partir da doutrina e jurisprudência que demonstram a sua aceitação geral como regras de proceder da Administração. Dentre as possíveis situações presente na rotina administrativa do Estado estão os erros nos processos. Quando estes ocorrem, as medidas cabíveis para sua solução podem, e devem ocorrer diretamente dentro do âmbito da Administração Pública.

Sobre os princípios reconhecidos do Direito Administrativo relativos à situação descrita, analise as afirmativas a seguir.

I A correção de erros e irregularidades em processos internos sem o envolvimento de outros órgãos é um corolário do princípio da legalidade; este constitui o princípio da autotutela, que visa garantir a regularidade das ações da administração pública seja de responsabilidade da mesma.

II A correção de erros e irregularidades em processos internos sem o envolvimento de outros órgãos é um corolário do princípio da moralidade; este constitui o princípio da segurança jurídica, que visa garantir a regularidade das ações da Administração Pública.

III A correção de erros e irregularidades em processos internos sem o envolvimento de outros órgãos é um corolário do princípio da publicidade; este constitui o princípio da supremacia do interesse público, que visa garantir que as ações da Administração Pública não sejam impactadas por influências externas, mesmo na correção de práticas irregulares.

Está correto o que afirma em

Alternativas
Comentários
  • Alguém fiscalize a Comissão dessa prova, por favor.

  • Questão mal formulada, contudo o Princípio da legalidade estabelece que o exercício da função administrativa não pode ser pautado pela vontade da Administração ou dos agentes públicos, a Administração Pública só pode praticar as condutas autorizadas em lei. E pelo princípio da autotutela,  a Administração Pública possui o poder de controlar os próprios atos, anulando-os quando ilegais ou revogando-os quando inconvenientes ou inoportunos. Assim, a Administração não precisa recorrer ao Poder Judiciário para corrigir os seus atos, podendo fazê-lo diretamente.

    Letra A

  • Questão mal elaborada e de matar qualquer um! Afffff

    Acertei por eliminação.

    Letra A

  • Alguém aí estudando pra PCRN? dá desânimo ver uma questão dessas ...

  • Questâo sem noção!

  • Marquei a A, mas foi bizu passado aqui nos comentários... o macete é rezar para não cair esse tipo de questão mal elaborada.

  • oi????

  • Acertei por eliminação, também por notar que na alternativa A havia "A correção de erros e irregularidades em processos internos sem o envolvimento de outros órgãos" e "Autotutela".

  • A correção de erros e irregularidades em processos internos sem o envolvimento de outros órgãos é um corolário do princípio da legalidade; este constitui o princípio da autotutela, que visa garantir a regularidade das ações da administração pública seja de responsabilidade da mesma.

  • Deveria existir uma opção em que nós, usuários da plataforma, pudéssemos enviar questões para análise do próprio qc.

    SERIA MELHOR SE FOSSE PIOR

  • Súmula 473 STF

    "A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial."

    PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA

    Esse princípio permite à Administração Pública a revisão de seus atos, seja por vícios de ilegalidade (invalidação), seja por motivos de conveniência e oportunidade (revogação).

  • Dica... descanse um dia antes da prova, pq as questões da FGV são assim.

  • Questão, quer falar sobre Atos Administrativo ou da Administração, faz uma confusao, usando só os sinonimos dessa banca, só para desanimar o candidato. E pura sacanagem

  • questão mal formulada, fui por eliminação mesmo... sobrou apenas alternativa A
  • Vejamos cada assertiva lançada pela Banca:

    I A correção de erros e irregularidades em processos internos sem o envolvimento de outros órgãos é um corolário do princípio da legalidade; este constitui o princípio da autotutela, que visa garantir a regularidade das ações da administração pública seja de responsabilidade da mesma.

    CERTO

    De fato, ao corrigir erros cometidos em seus próprios atos, a Administração visa a restaurar a regularidade da ordem jurídica, que havia sido violada quando da edição do ato inválido. É nesse sentido, portanto, que este proceder homenageia o princípio da legalidade. Ademais, a possibilidade de revisão dos próprios atos, seja para revogar os inconvenientes ou inoportunos, seja para anular aqueles que apresentem vícios de legalidade, é a própria essência do princípio da autotutela administrativa, como ensina Maria Sylvia Di Pietro:

    "(...)pela autotutela o controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
    É uma decorrência do princípio da legalidade; se a Administração Pública está sujeita à lei, cabe-lhe, evidentemente, o controle da legalidade."

    Acertada, pois, a presente afirmativa da Banca.

    II A correção de erros e irregularidades em processos internos sem o envolvimento de outros órgãos é um corolário do princípio da moralidade; este constitui o princípio da segurança jurídica, que visa garantir a regularidade das ações da Administração Pública.

    ERRADO

    Conforme sustentado no item anterior, a correção de erros e irregularidades em processos internos sem o envolvimento de outros órgãos, na realidade, vem a ser decorrência dos princípios da legalidade e da autotutela. O princípio da moralidade é aquele por meio do qual exige-se dos agentes públicos que pautem suas condutas por valores éticos, leais às instituições, impregnados de retidão de caráter, de probidade etc. Um ato que atente contra a moralidade é um ato invalidável, mas a ideia de revisão dos atos administrativos constitui decorrência direta, na verdade, dos princípios da legalidade e da autotutela.

    Outrossim, o princípio da segurança jurídica não pode ser apontada como derivado do princípio da moralidade administrativa, no que existe outro equívoco desta afirmativa da Banca.

    III A correção de erros e irregularidades em processos internos sem o envolvimento de outros órgãos é um corolário do princípio da publicidade; este constitui o princípio da supremacia do interesse público, que visa garantir que as ações da Administração Pública não sejam impactadas por influências externas, mesmo na correção de práticas irregulares.

    ERRADO

    O princípio da publicidade é aquele que demanda dos órgãos e agentes públicos a valorização da transparência nos atos, processos e decisões do Poder Público. Sem que haja transparência, os destinatários sequer podem tomar conhecimento dos respectivos atos, bem como não têm como controlá-los. Cuida-se de princípio que emana diretamente da cláusula do Estado Democrático de Direito (CRFB, art. 1º), da qual se extrai os ideais de cidadania, de participação popular na tomada de decisões públicas, também, do controle dos atos estatais.

    Também não é verdade que a publicidade constitua, ou seja, dê origem ao princípio da supremacia do interesse público. Este último postulado, em rigor, é pedra fundamental do próprio regime jurídico administrativo. Dele derivam todos os poderes administrativos, vale dizer, prerrogativas instrumentais colocadas à disposição do Estado para que possa atingir os fins colimados pelas leis e pela Constituição. Refiro-me aos poderes hierárquico, disciplinar, regulamentar, de polícia, vinculado e discricionário. O princípio da supremacia do interesse público é inerente à própria ideia de Estado, de sociedade organizada, de convívio social.

    Do acima exposto, apenas a assertiva I está correta.


    Gabarito do professor: A

    Referências Bibliográficas:

    DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 26ª ed. São Paulo: Atlas, 2013, p. 70.

  • Esse tipo de questão desanima qualquer um!

  • Eu escrevo uma questão melhor que essa. Ave Maria