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ID
3214768
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Peruíbe - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      A cada governo que entra, o assunto educação deixa os holofotes provisórios da campanha eleitoral, onde costuma desfilar na linha de frente das promessas dos candidatos, e volta à triste prateleira dos problemas que se arrastam sem solução. Desta vez foi diferente: encerrada a votação, a educação prosseguiu na pauta de discussões acirradas. Infelizmente, o saldo da agitação não gira em torno de nenhuma providência capaz de pôr o ensino do Brasil nos trilhos da excelência – a real prioridade.

      A questão da hora é o projeto que pretende legislar sobre o que o professor pode ou, principalmente, não pode falar em sala de aula. Com o propósito de impedir a doutrinação, por professores, em classe, o projeto ameaça alimentar o oposto do que propõe: censura, patrulhamento, atitudes retrógradas e pensamento estreito. Segundo o especialista em educação Claudio de Moura Castro, não há como definir o que é variedade de pensamento e o que é proselitismo.

      Fruto do ambiente polarizado da sociedade brasileira, a discussão entrou pela porta da frente das escolas. Nesse clima de paixões exaltadas, no entanto, é preciso um esforço adicional para separar o joio do trigo. A doutrinação em sala de aula é condenável sob todos os aspectos – seja de esquerda ou de direita, religiosa ou ateia, ou de qualquer outra natureza. A escola é um lugar para o debate livre das ideias, e não para o proselitismo.

      Todo conhecimento é socialmente construído e, portanto, a aventura humana, por definição, nunca é neutra ou isenta de valores. A saída é discutir e chegar a um consenso sobre o que precisa ser apresentado ao aluno, e não vigiar e punir.

      Doutrinar é expor ideias e opiniões com o propósito de convencer o outro. A todo bom professor cabe estimular o confronto de ideias e o livre pensar, inclusive expressando seu ponto de vista, mas não catequizar – uma linha fina que exige discernimento constante.

      O mundo é diverso em múltiplos aspectos, e a escola é o lugar adequado para que essa diversidade seja discutida livremente. A melhor escola ainda é a que faz pensar – sem proselitismo.

(Fernando Molica, Luisa Bustamante e Maria Clara Vieira, Meia-volta, volver. Veja, 14.11.2018. Adaptado)

A passagem destacada no primeiro parágrafo do texto é caracterizada pelo predomínio de expressões empregadas em sentido

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ?  A cada governo que entra, o assunto educação deixa os holofotes provisórios da campanha eleitoral, onde costuma desfilar na linha de frente das promessas dos candidatos, e volta à triste prateleira dos problemas que se arrastam sem solução.

    ? Linguagem figurada (conotativo, irreal) para expressar o fato que a educação é uma promessas das campanhas eleitoras de diversos candidatos e, após a vitória, esses candidatos simplesmente se esquecem dessa promessa e engavetam as propostas referentes à educação (a educação volta à obscuridade).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • SENTIDO FIGURADO/CONOTATIVO = pense em Ficção/irreal.

    SENTIDO DENOTATIVO = aquele que está no Dicionário/sentido real.

  • Esta questão requer interpretação textual e conhecimento sobre a diferença de linguagem denotativa (própria) de linguagem figurada (conotativa).

    Alternativa (A) correta - De fato, nessa passagem há o predomínio da linguagem figurada, há expressões sendo empregadas fora de seu significado básico, real. Foram dadas outras significações a elas. As expressões empregadas no sentido figurado são: holofotes provisórios da campanha eleitoral", “costuma desfilar na linha de frente" e “volta à triste prateleira dos problemas que se arrastam sem solução".

    A conclusão a que se chega, nessa passagem, é que entra governo e sai governo, a situação da educação no País continua invisível aos olhos das autoridades governamentais, ninguém melhora o que precisa ser melhorado.

    Alternativa (B) incorreta - A linguagem empregada está no sentido figurado, porém a educação não vista como prioridade, os problemas não são solucionados.

    Alternativa (C) incorreta - A linguagem empregada está no sentido figurado, porém as promessas não se justificam se tiverem visibilidade na mídia e cumprimento.


    Alternativa (D) incorreta - Já se descarta esta alternativa devido ao fato de a linguagem não estar empregada no sentido próprio.

    Alternativa (E) incorreta - Já se descarta esta alternativa devido ao fato de a linguagem não estar empregada no sentido próprio.


    Gabarito da professora: Letra A.