SóProvas


ID
3215779
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
FERSB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Alcoolismo leva à perda da inteligência emocional

                   Falta da habilidade em reconhecer emoções impossibilita

                reação adequada do dependente de álcool ao seu ambiente


      “Anestesiar o coração” e “afogar as mágoas” são expressões que dizem mais do que se imagina quando o assunto é alcoolismo. Pesquisa de equipe da Saúde Mental da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP confirma dificuldades de dependentes de álcool em reconhecer emoções.

      Responsável pelo estudo, a psicóloga Mariana Donadon avaliou vítimas de alcoolismo em tratamento ambulatorial no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e comparou com pessoas saudáveis. Após entrevistas e testes específicos, como uma tarefa computadorizada de reconhecimento de expressões faciais de emoção, verificou que, além de sofrerem mais com depressão e ansiedade, os dependentes de álcool apresentam maior déficit para reconhecer e julgar emoções.

      Medo, nojo, alegria, tristeza e surpresa. Os alcoolistas mostraram maiores prejuízos para julgar, reconhecer e reagir a todas as emoções estampadas nos rostos a eles apresentados. A habilidade de julgar e reconhecer emoções é uma capacidade inata dos seres humanos. Segundo a pesquisadora, é ela que “propicia interações sociais saudáveis e nos protege de perigos”. O rápido reconhecimento de uma face de raiva pode evitar uma briga, enquanto “reconhecer faces de medo ou tristeza ajuda-nos a mudar o que está ruim”, exemplifica Mariana.

      Resultado de efeitos neurotóxicos da bebida em circuitos neurais diversos, a falta dessa habilidade impossibilita reação adequada do dependente de álcool ao seu ambiente. “Os alcoólatras não possuem essa inteligência emocional e, num círculo vicioso, utilizam a bebida para fugir de situações problemas”, diz.

      Além da falta de inteligência emocional, a pesquisa mostra que os alcoolistas sofreram mais traumas emocionais precoces (na infância) que os não alcoolistas e apresentam personalidade desadaptativa – dificuldade de adaptação e interação com seu meio social.

      O estudo distingue ainda fatores que podem levar ao alcoolismo (vivências de traumas gerais e emocionais na infância e maiores dificuldades para reagir às emoções, principalmente as de surpresa) daqueles que protegem contra o transtorno (personalidade marcada pela conscienciosidade – atributos relacionados à capacidade crítica ou autocrítica como a da autoconsciência sobre os malefícios da bebida – e maior facilidade para reconhecer emoções, preferencialmente o medo e o nojo).

      Com a doença já instalada, Mariana afirma que “a primeira conduta terapêutica seria psicoterapia para abstinência do álcool”, já que o consumo crônico prejudica a inteligência emocional (percepção e julgamento das emoções), e para prevenção de recaídas. A participação dos grupos de autoajuda – como o AA – e em palestras informativas sobre os danos do consumo de álcool também estão entre as indicações da psicóloga.

      Saber que determinados traumas vividos na infância e dificuldades de reagir às emoções estão entre os riscos para o alcoolismo ajuda a estabelecer medidas preventivas. A pesquisadora defende maior divulgação (como palestras informativas) dos “dados sobre o consumo de álcool a longo prazo, que culmina com dependência e torna-se doença”. Entre os inúmeros prejuízos, essas ações preventivas devem enfocar “a perda da inteligência emocional, como descrita nesse estudo”.

Fonte: Adaptado de:<http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/alcoolismo-leva-a-perda-da-inteligencia-emocional/> . Acesso em: 22 dez. 2017.

“Responsável pelo estudo, a psicóloga Mariana Donadon avaliou vítimas de alcoolismo em tratamento ambulatorial no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e comparou com pessoas saudáveis. Após entrevistas e testes específicos, como uma tarefa computadorizada de reconhecimento de expressões faciais de emoção, verificou que, além de sofrerem mais com depressão e ansiedade, os dependentes de álcool apresentam maior déficit para reconhecer e julgar emoções.” Qual tipo textual predomina no excerto citado?

Alternativas
Comentários
  • Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos seguintes textos: contos, fábulas, crônicas, romances, novelas, piadas, poemas e lendas.

    Letra C, não entendi.

  • Gabarito totalmente errado é um texto argumentativo

  • O texto, em sua totalidade, é dissertativo-expositivo. O autor do texto não usa argumentos de convencimento, não expõe opiniões. O texto traz informações com base em um estudo científico, por isso é expositivo e não argumentativo.

    Já quanto à questão, ela pede somente o tipo predominante no excerto citado. E nesse trecho, a predominância é narrativa, pois o autor do texto narra o passo a passo do estudo. Podemos observar uma sequência de ações no trecho, com uma personagem (a psicóloga responsável pelo estudo) e os verbos no passado, além da sequência temporal em que as ações se desenrolam (uma coisa após a outra). Também está presente o lugar em que as ações se desenvolvem: o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.

    “Responsável pelo estudo, a psicóloga Mariana Donadon avaliou vítimas de alcoolismo em tratamento ambulatorial no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e comparou com pessoas saudáveis. Após entrevistas e testes específicos, como uma tarefa computadorizada de reconhecimento de expressões faciais de emoção, verificou que, além de sofrerem mais com depressão e ansiedade, os dependentes de álcool apresentam maior déficit para reconhecer e julgar emoções.”

  • Gabarito correto. Letra C.

    Corrijam-me, por favor, caso eu tenha cometido algum erro.

    O tipo textual no trecho acima é Narrativo, pois é a soma de Apresentação + Desenvolvimento + Clímax + Conclusão = Texto Narrativo.

    Responsável pelo estudo, a psicóloga Mariana Donadon avaliou vítimas de alcoolismo em tratamento ambulatorial no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e comparou com pessoas saudáveis. (Apresentação)

    Após entrevistas e testes específicos, como uma tarefa computadorizada de reconhecimento de expressões faciais de emoção, verificou que, (Desenvolvimento)

    além de sofrerem mais com depressão e ansiedade, (Clímax)

    os dependentes de álcool apresentam maior déficit para reconhecer e julgar emoções (Conclusão)

    Abraço.

  • Dissertativo teria que conter fatos e dados. Ja o texto Narrativo conta uma sucessao de acontecimentos, ficticios ou nao, no passado. esse 2° tipo é o que se aproxima mais da passagem

  • Responsável pelo estudo, a psicóloga Mariana Donadon avaliou vítimas de alcoolismo em tratamento ambulatorial no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e comparou com pessoas saudáveis. Após entrevistas e testes específicos, como uma tarefa computadorizada de reconhecimento de expressões faciais de emoção, verificou que, além de sofrerem mais com depressão e ansiedade, os dependentes de álcool apresentam maior déficit para reconhecer e julgar emoções.

    É preciso analisar primeiramente o narrador que está em terceira pessoa apontando para algo que foi feito pela psicóloga -- a personagem. Não pode ser considerado texto dissertativo-argumentativo porque quem narra não apresenta nenhuma tese ou argumento, ele apenas narra sobre o que a psicóloga fez: avaliou, comparou e verificou dados sobre uma situação. Portanto, o gabrito NÃO ESTÁ ERRADO. Atenção às conjugações verbais e ao modo como o narrador se posiciona.

  • Deu uma forçada de barra, mas quem acertou não vai afirmar que deu, né? kkkk. Bola pra frente.

  • Muita loucura !

    Ela citou uma pesquisa de campo e utilizou um argumentos polifônicos ( autoteidade ) . Foge totalmente as características da tipologia narrativa.

  • gabarito completamente aleatório.

  • Inferno

  • EU ODEIO ESSA BANCA

  • Que banca bizonha...

  • Também briguei com a questão, mas reparem que apenas nesse trecho, sem considerar todo o texto, existe uma cronologia e verbos de ação que foram praticados pela psicóloga, características de uma narração. Apenas nesse trecho foi contata uma história! Uma história do que a psicóloga fez! Ela avaliou, depois comparou e então verificou.

  • Quando eu vejo questões como essa em que o gabarito é o mais aleatório e sem sentido possíveis, eu imagino aquela pessoa beneficiada nas vagas com o gabarito comprado rindo da gente que estuda feito um louco pra bater de frente com esse absurdos.

    .

  • Acertei por ser a menos esdrúxula, mas...

  • Nossa, alguém explica isso pfffffff. Narrativo??????????

  • é expositivo, da pra ter uma visão narrativa se for a fundo? sim, mas é expositivo, só parem, quero ver na pc pa tu ver uma dessa e marcar C eu aposto um pix de 100 reais que tu não tem coragem.

  • Pera aí, uma coisa é levar em consideração apenas a parte destacada, outra é sermos OBRIGADOS A ESQUECER TODO O CONTEXTO, pera aí, nós concursandos somos o que? Robôs? Que uma hora temos que saber o que o examinador quer em uma situação, ora em outra? O texto não é do tipo narrativo, é na totalidade dissertativo-expositivo, apensa se utiliza de elementos narrativos como forma de exposição de um ponto de vista. Essa banca é muito estranha.