SóProvas


ID
3226600
Banca
IBADE
Órgão
JARU-PREVI - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O DIMINUTIVO

    O diminutivo é uma maneira ao mesmo tempo afetuosa e precavida de usar a linguagem. Afetuosa porque geralmente a usamos para designar o que é agradável, aquelas coisas tão afáveis que se deixam diminuir sem perder o sentido. E precavida também porque a usamos para desarmar certas palavras que, na sua forma original, são ameaçadoras demais.
     Operação, por exemplo. É uma palavra assustadora. Pior do que intervenção cirúrgica, porque promete uma intromissão muito mais radical nos intestinos. Uma operação certamente durará horas e os resultados são incertos. Suas chances de sobreviver a uma operação... sei não. Melhor se preparar para o pior.
    Já uma operaçãozinha é uma mera formalidade. Anestesia local e duas aspirinas depois. Uma coisa tão banal que quase dispensa a presença do paciente.
     No Brasil, usa-se o diminutivo principalmente com relação à comida. Nada nos desperta sentimentos tão carinhosos quanto uma boa comidinha.
     - Mais um feijãozinho?
    O feijãozinho passou dois dias borbulhando num daqueles caldeirões de antropófagos com capacidade para três missionários. Mas a dona da casa o trata como um mingau de todos os dias.
    O diminutivo é também uma forma de disfarçar o nosso entusiasmo pelas grandes porções. E tem um efeito psicológico inegável. Você pode passar duas horas tomando cervejinha sem nenhum dos efeitos que sofreria depois de duas cervejas.
    E agora, um docinho.
    E surge um tacho de ambrosia que é um porta-aviões.
Luís Fernando Veríssimo

No período “Uma coisa tão banal que quase dispensa a presença do paciente.”, a conjunção subordinativa QUE é classificada como:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? ?Uma coisa tão banal que quase dispensa a presença do paciente.?

    ? Conjunção subordinativa consecutiva "tão...que" (=depois do Tesão vem a consequência); O FATO DE (CAUSA) ser uma coisa tão banal FAZ COM QUE (CONSEQUÊNCIA) quase dispense a presença do paciente.

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  • Gabarito D

    Causa: Uma coisa tão banal.

    Consequência: que quase dispensa a presença do paciente.

    "tão... que" expressa uma relação de causa e consequência.

  • TÃO QUE - CONSEQUÊNCIA .

  • Assertiva D

    Uma coisa tão banal que quase dispensa a presença do paciente

    consecutiva = "tão" "que"

  • A causal.

    Conjunções subordinativas causais: têm valor semântico de causa, motivo, razão...

    São elas: porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já que, posto que, por isso que...

    Ex.: Já que você está estudando bastante, suas chances de passar em concurso são enormes.

    B integrante.

    Conjunções subordinativas integrantes: quando iniciarem oração equivalente aos pronomes “ISSO, ESSE(A) (S)”

    São elas: que, se, quanto(a) (s), onde, qual, quem...

    Ex.: Necessito de que me ajude. (= Necessito DISSO) / Perguntou se tudo estava bem. (= Perguntou ISSO)

    C condicional.

    Conjunções subordinativas condicionais: têm valor semântico de condição, pré-requisito, algo supostamente esperado...

    São elas: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que...

    Ex.: Se você estudar muito, passará no concurso.

    D consecutiva.

    Conjunções subordinativas consecutivas: têm valor semântico de consequência, resultado, produto...

    São elas: que (precedido de tão, tal, tanto, tamanho), sem que, de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que...

    Ex.: Estudou tanto que passou na prova.

    E comparativa.

    Conjunções subordinativas comparativas: têm valor semântico de comparação, analogia, paralelo...

    São elas: como, assim como, mais... (do)que, menos... (do) que, tão... como (ou quanto), tanto... quanto..., qual ou como (precedidos de tal)...

    Ex.: Ele come como um leão. (come)

    Gabarito: Letra D