Vários serviços de atenção à saúde do trabalhador apresentam entre seu pacientes uma maior prevalência de mulheres acometidas de LER/DORT.
Mulheres da população em geral e trabalhadoras apresentam maior número de casos de síndrome do túnel do carpo e de dor em pescoço e ombros.
As razões deste fato ainda não são conhecidas, podendo estar ligadas a fatores genéticos ou ao fato de as mulheres estarem mais expostas que os homens a fatores de risco dessas doenças.
Estudo realizado mostrou que as diferenças não decorrem do fato das mulheres terem menor força muscular ou mais dificuldade no manuseio de materiais pesados.
Segundo o estudo, enquanto em geral os homens tinham mais liberdade para escolher suas atividades ("work tasks") recebiam pagamento por produção com menor frequência que as mulheres e não realizavam trabalho monótono e repetitivo ou o faziam com menor frequência.
As mulheres costumavam realizar o mesmo trabalho repetitivo por muitos anos e mesmo quando a ocupação tinha o mesmo nome, havia
diferenças sutis no trabalho realizado por homens e mulheres.
Assim, além de levarmos em conta que as populações atendidas em serviços não representam a população geral, devemos considerar os aspectos acima levantados.