Geração do conhecimento como ferramenta de estratégia organizacional
À medida que interagem com seus ambientes, as organizações absorvem informações, transformam-nas em conhecimento e agem com base numa combinação desse conhecimento com suas experiências, valores e regras internas. (DAVENPORT; PRUSAK, 1998).
Para estes autores, existem cinco modos de se gerar conhecimento:
Aquisição
A maneira mais direta e, geralmente, mais eficaz de se adquirir conhecimento é a compra, isto é, adquirir uma organização ou contratar profissionais que o possuam.
Outra maneira de se adquirir conhecimento é por meio do aluguel, ou seja, alugar uma fonte de conhecimento, como um consultor, por exemplo.
Embora seja uma fonte temporária, parte do conhecimento tende a ficar na organização;
Recursos dirigidos
Criar unidades ou grupos, a exemplo de departamentos de pesquisa e desenvolvimento, com a finalidade de produzir conhecimento novo e novas maneiras de se fazer as coisas é uma forma costumeira de se gerar conhecimento nas organizações.
Bibliotecas corporativas também são meios utilizados na expectativa de que seja fornecido conhecimento novo para a organização;
Fusão
A geração de conhecimento por meio da fusão implica em complexidade e conflitos para se criar sinergia, uma vez que reúne pessoas com diferentes perspectivas para se trabalhar em um problema ou projeto, obrigando-as a chegar a uma resposta conjunta.
Segundo Davenport e Prusak (1998), a inovação ocorre nas fronteiras entre as mentes e não dentro do território provinciano de uma só base de habilidades e conhecimento.
Ao se trabalhar em projeto ou problema por meio de um grupo composto por pessoas com diferentes perspectivas, estas diferenças impedem que o grupo caia em soluções rotineiras para os problemas;
Adaptação
As crises, no meio ambiente das organizações, atuam como catalisadores da geração do conhecimento. As vezes estas crises forçam as organizações a decidir entre adaptação ou morte. E, ao optarem por se adaptar, estas organizações evoluem;
Redes do conhecimento (comunidades de prática):
Segundo Davenport e Prusak (1998), o conhecimento organizacional também é gerado pelas redes informais e auto-organizadas.
Comunidades de possuidores de conhecimento se unem motivos por interesses comuns, interagindo por meio de contatos pessoais, redes sociais e grupos de e-mail para compartilhar conhecimento e resolver problemas em conjunto.
Quando redes desse tipo partilham conhecimento comum suficiente para se comunicar e cooperar, a continuidade de seu contato costuma gerar conhecimento novo dentro da organização.