SóProvas


ID
3253063
Banca
IBFC
Órgão
Emdec
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia abaixo um trecho da canção “Ai que saudades da Amélia” (gravada em 1942) do cantor e compositor Ataulfo Alves e um trecho da canção “Não precisa ser Amélia” (gravada em 2018) da cantora e compositora brasileira Bia Ferreira – respectivamente trechos I e II – para responder às questões 5 a 9.


Trecho I


Ai, Meu Deus, que saudade da Amélia/ Aquilo sim é que era mulher/ Às vezes passava fome ao meu lado/ E achava bonito não ter o que comer/ Quando me via contrariado/ Dizia: "Meu filho, o que se há de fazer!"/ Amélia não tinha a menor vaidade/ Amélia é que era mulher de verdade. (Ataulfo Alves)

(Fonte: Letras.mus)

Trecho II


Me deram um palco e eu vou cantar/ Canto pela tia que é silenciada/ Dizem que só a pia é seu lugar / Pela mina que é de quebrada/ Que é violentada e não pode estudar (...) Dona de casa limpa, lava e passa/ Mas fora do lar não pode trabalhar/ Não precisa ser Amélia pra ser de verdade/ Cê tem a liberdade pra ser quem você quiser/. (Bia Ferreira)

(Fonte: Letras.mus)

De acordo com a interpretação dos dois trechos e da Gramática Normativa da Língua Portuguesa, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).

( ) Por estabelecer uma relação intertextual com o trecho I, é necessário que o leitor tenha conhecimento prévio da canção de Ataulfo Alves para que tenha condições de compreender, ainda que parcialmente, o trecho II.

( ) Nos dois trechos, predomina o coloquialismo, a utilização de expressões informais, já que ambos são canções populares.

( ) Os dois eu-líricos expressam a mesma visão sobre a mulher, enxergando-a como um ser incapaz de existir de forma emancipada do homem.

( ) O trecho II é considerado uma paráfrase do trecho I, já que inverte os valores propostos no texto original, buscando efeito cômico.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    (F) Por estabelecer uma relação intertextual com o trecho I, é necessário que o leitor tenha conhecimento prévio da canção de Ataulfo Alves para que tenha condições de compreender, ainda que parcialmente, o trecho II. ? não é necessário que se conheça a canção de Ataulfo Alves, o trecho II é independente.

    (F) Nos dois trechos, predomina o coloquialismo, a utilização de expressões informais, já que ambos são canções populares. ? incorreto, no trecho II temos o coloquialismo, tanto que se começa a frase com o pronome, mas no trecho I não temos nenhum resquício de coloquialismo.

    (F) Os dois eu-líricos expressam a mesma visão sobre a mulher, enxergando-a como um ser incapaz de existir de forma emancipada do homem. ? incorreto, o primeiro tem a visão de mulher submissa, já o segundo tem a visão de uma mulher que é livre e faz o que bem quiser.

    (F) O trecho II é considerado uma paráfrase do trecho I, já que inverte os valores propostos no texto original, buscando efeito cômico. ? em momento algum, temos valor cômico no trecho II, ele é recheado de críticas.

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  • E a frase: Cê tem a liberdade pra ser quem você quiser. Presente no texto 2, esse não é coloquialismo?

  • (F) Nos dois trechos, predomina o coloquialismo, a utilização de expressões informais, já que ambos são canções populares.

    Até tem, mas não é predominante

  • "Não precisa ser Amélia pra ser de verdade" no texto II é intertextual, faz referência à musica do texto I, ainda que parcialmente...

    Não aceitei o gabarito.

  • GABARITO A

    ( ) Por estabelecer uma relação intertextual com o trecho I, é necessário que o leitor tenha conhecimento prévio da canção de Ataulfo Alves para que tenha condições de compreender, ainda que parcialmente, o trecho II.

    O TEXTO II AO REFERIR AMELIA É INTERTEXTUAL / O ERRO É DIZER QUE PARA COMPREENDER DEPENDE DO TEXTO I

    ( ) Nos dois trechos, predomina o coloquialismo, a utilização de expressões informais, já que ambos são canções populares. NO TEXTO I NÃO / NO TEXTO II SIM

    ( ) Os dois eu-líricos expressam a mesma visão sobre a mulher, enxergando-a como um ser incapaz de existir de forma emancipada do homem. OPINIÃO DIVERSA

    ( ) O trecho II é considerado uma paráfrase do trecho I, já que inverte os valores propostos no texto original, buscando efeito cômico. PARÁFRASE É ESCREVER A MESMA COISA COM OUTRAS PALAVRAS; OS TEXTOS DIVERGEM

  • GABARITO: LETRA A

    Esclarecendo as dúvidas dos colegas...

    (F) Por estabelecer uma relação intertextual com o trecho I, é necessário que o leitor tenha conhecimento prévio da canção de Ataulfo Alves para que tenha condições de compreender, ainda que parcialmente, o trecho II. - SEM o conhecimento prévio da canção, o leitor vai compreender apenas parcialmente. Dá pra entender, interpretar o trecho todo, mas apenas na parte "Não precisa ser Amélia pra ser de verdade" é que o leitor vai ficar sem a correta compreensão.

    (F) Nos dois trechos (quer dizer trecho I e trecho II), predomina o coloquialismo, a utilização de expressões informais, já que ambos são canções populares. - Apenas no trecho II é que existe a presença do coloquialismo.

    "Mas os que esperam no senhor, renovarão as suas forças, subirão com asas como águias, correrão e não se cansarão, caminharão e não se fatigarão." Isaías 40:31 

  • Sem a referência de quem seja a Amélia dita no trecho II a frase torna-se sem sentido, parecendo que Amélia foi um nome qualquer escolhido pela compositora, o que não é verdade. Foi feita uma referência àquela Amélia para se fazer uma oposição. Com relação à segunda afirmativa ela está incorreta pois existe coloquialismo em ambos os trechos, porém só há predominância dele no trecho II.

  • "Não precisa ser amélia" como iriamos identificar quem seria amélia.....

  • Coloquialismo não significa conter erros gramaticais, mas sim estar vinculado à oralidade cotidiana, e o texto 1, a meu ver, se adéqua inteiramente a esse estilo. Obviamente existe um nível de subjetividade nesse julgamento.