B)
TEORIA DA BUROCRACIA2
A origem da burocracia remonta a antiguidade, pois já ex1st1a no antigo Egito, na
China e na Igreja Católica romana, desde o século XIII. Na Europa, a burocracia se desenvolveu
durante o absolutismo, no começo da idade moderna, por volta do século XV.
No século XIX, no Estado Liberal, as mudanças religiosas que ocorreram, após o
renascimento dos países protestantes, denominada ética protestante, aliadas as ideias
capitalistas e a ciência moderna - tripé da racionalidade - fizeram com que Max Weber3,
inspirado nos estudos do aparelho administrativo prussiano, passasse a estudar e a desenhar
o modelo burocrático moderno.
Foi a partir da década de 30, do século XX, que esta teoria passou a ser implantada,
nas organizações do Estado e nas empresas, com o objetivo de trazer racionalidade.
A racionalidade organizacional representa uma das três formas básicas da racionalidade
da sociedade moderna, existindo também a racionalidade econômica, caracterizada
pelo capitalismo, e a racionalidade científica, caracterizada pelas tecnologias.
Trata-se de urna teoria mais abrangente que a Abordagem Clássica. Preocupa-se em
explicar, descrever e analisar as organizações como um todo e não somente a indústria.
Procura organizar, de forma estável e duradoura a cooperação de um grande número de
indivíduos, cada qual detendo uma função especializada, realizando atividades rotineiras
e repetitivas.
A questão cobrou conhecimento acerca das características e das disfunções da burocracia e pediu a alternativa correta em relação ao tema.
A burocracia teve como base os estudos do sociólogo alemão Max Weber. A aplicação dessa teoria teve o propósito de ser mais abrangente, pois ia além da administração de fábricas e se estendeu às escolas, igrejas e organizações diversas.
A burocracia possui várias características marcantes:
- impessoalidade,
- profissionalismo,
- hierarquia,
- formalidade,
- controle dos meios (desconfiança prévia),
- combate ao desperdício.
As características negativas são chamadas “disfunções da burocracia” e são exemplos: excesso de formalismo, rigidez, lentidão e devem ser vistas com atenção para que não sejam confundidas com as características acima citadas.
Analisando as alternativas:
A- INCORRETA. Essas são características da burocracia e não as suas disfunções.
B- CORRETA. De acordo com Chiavenato (2014), as causas das disfunções da burocracia residem no fato de que a burocracia não leva em conta a chamada organização informal que existe em todo tipo de organização humana, nem se preocupa com a variabilidade humana (...). Em face da exigência de controle que norteia toda a atividade organizacional é que surgem as consequências imprevistas da burocracia".
C- INCORRETA. Para Merton, o excesso do controle e a não consideração da variabilidade humana é que causam as disfunções da burocracia.
D- INCORRETA. Na verdade, considera "Uma organização é racional se os meios mais eficientes são escolhidos para a implementação das metas. No entanto, são as metas coletivas da organização, e não as de seus membros individuais, que são levadas em consideração
E- INCORRETA. De acordo com Chiavenato, Weber usa o sentido amplo do termo burocratização na qual ela permeia tanto a forma de pensar quanto a de agir fora da vida social, ou seja, fora do contexto organizacional
FONTE: CHIAVENATO, Idalberto. "Introdução à Teoria Geral da Administração". 9ª ed. Manole. 2014.
GABARITO: LETRA B