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ID
3301135
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Feira de Santana - BA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma nova e preocupante evasão escolar

Camila Brandalise

      A decisão de parar de estudar da auxiliar de limpeza Regina de Jesus Araújo, hoje, com 24 anos, deu-se por motivos econômicos. Há seis anos, quando ela morava com os pais, considerava ter uma estrutura de vida precária e preferiu se dedicar ao trabalho para conseguir se sustentar. Conciliar os estudos, naquela época, com 18 anos, não era viável. “Não tive incentivo nenhum para continuar na escola.” Hoje, mora sozinha e arca com as próprias contas. Para ter mais oportunidades profissionais, porém, percebeu que era preciso concluir a formação. E foi isso o que ela fez. Neste ano, cursa orgulhosa o primeiro ano do Ensino Médio em uma escola pública de São Paulo. “Quero ir para o ensino técnico. Gostaria de ser recepcionista porque gosto de trabalhar diretamente com as pessoas”, diz. É a tentativa de Regina para escapar de uma triste estatística, divulgada recentemente pelo Banco Mundial: 52% dos jovens brasileiros com idade entre 19 e 25 anos perderam o interesse pela escola e, por isso, correm o risco de ficar fora do mercado de trabalho. Parte dessa população simplesmente parou de estudar por necessidade financeira, como Regina havia feito, parte não consegue levar o colégio com o comprometimento que isso exige porque é obrigada a conciliar a atividade com trabalho informal, e um terceiro grupo encontra-se atrasado em relação à série adequada à idade. Abandonar a escola para ajudar no sustento da família não é novidade. O que preocupa nos dados do relatório do Banco Mundial é que a falta de interesse pelos estudos avança para camadas sociais em que a necessidade de gerar renda não é a maior pressão. Um em cada três brasileiros de 19 anos está hoje fora da escola.

     O documento aponta outro dado alarmante: a falta de participação dos jovens na construção da economia vinha diminuindo desde 2004, mas, há quatro anos, a tendência sofreu uma reversão. Isso ocorreu principalmente por causa do aumento de pessoas que não estão nem estudando nem trabalhando (os chamados “nemnem”) e de jovens que estão desempregados ou em trabalhos informais. A justificativa imediata para o retrato tem a ver com o momento econômico atual do País, de crise financeira, desemprego e informalidade no trabalho. No entanto, há questões mais complexas por trás da situação. Segundo consenso entre educadores, é possível manter os jovens em sua formação escolar independentemente da condição econômica da nação. Para isso, o sistema educacional precisa mudar. É necessário que o currículo se modernize o suficiente para despertar e manter o interesse dos jovens contemporâneos.

Eixo estratégico

    Há pelo país iniciativas que contemplam novos modelos. Sob a coordenação do Instituto Ayrton Senna, por exemplo, quinze escolas públicas de Santa Catarina adotaram mudanças importantes. “Estabelecemos um projeto de educação em tempo integral”, conta Ramos. Depois de um ano, a instituição comparou a taxa de abandono nesses colégios com as apresentadas por escolas do mesmo perfil socioeconômico. “O índice foi 50% menor”, informa o especialista.

     A educação integral é uma das alternativas para envolver alunos, motivá-los a pesquisar e incitar a curiosidade, tornando o ensino atraente ao mesmo tempo em que desenvolve o potencial dos jovens. Nesse modelo, há ainda uma ênfase no desenvolvimento das chamadas competências socioemocionais, que trabalham habilidades fora da cartilha tradicional de ensino, como resiliência, empatia e liderança.

Disponível em: <https://istoe.com.br/uma-nova-e-preocupante-evasao-escolar/>. Acesso em: 26 jul. 2018.


Assinale a alternativa em que a oração em destaque tenha função de objeto indireto.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? ?Gostaria de ser recepcionista [...]?.

    ? Gostaria DE alguma coisa (=verbo "gostar" está pedindo um complemento iniciado pela preposição "de", é um verbo transitivo indireto e pede um objeto indireto ? de ser recepcionista).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Gabarito D

    ⇢ O verbo gostar é transitivo indireto, ou seja, exige a preposição DE. Quem gosta, gosta DE alguma coisa.

  • A) “Conciliar os estudos […], com 18 anos, não era viável.”.

    O q não era viável?

    Conciliar os estudos = Sujeito.

    B) “Para ter mais oportunidades profissionais, porém, percebeu que era preciso concluir a formação.”.

    Percebeu que era preciso concluir a formação / “Para ter mais oportunidades profissionais

    Termo deslocado com sentido de causa.

    C) “[…] é possível manter os jovens em sua formação escolar [...]”.

    É possível/ isso ( OD)

    Oração subordinada substantiva objetiva direta.

    E) “[…] os jovens […] correm o risco de ficar fora do mercado de trabalho.”.

    Risco de algo = CN

    Perceba a presença do Artigo "o".

    Equívocos? Mande msg.. Valeu!!

  • Quando eu acho a questão fácil eu fico buscando um defeito na alternativa rsrs

  • O objeto direto é complemento que se liga direta mente ao verbo sem preposição.

    • Houve muita contusão na partida final 

    • Queremos sua ajuda

    O objeto direto preposicionado ocorre principalmente:

    • - com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns referentes a pessoas. Amar a Deus; Adorar a Xangô; Estimar aos pais (o objeto é direto, mas como há preposição, denomina-se objeto direto preposicionado)

    • - com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes de tratamento: Não excluo a ninguém. Não quero cansar a Vossa Senhoria

    • - para evitar ambiguidade: Ao povo prejudica a crise (sem preposição, o sentido seria outro: O povo prejudica a Crise)

    O objeto indireto é o complemento que se liga indiretamente ao verbo, ou seja, através de uma preposição:

    • Gosto de música popular brasileira.

    • Necessito de ajuda.
  • D