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"A exposição interoceptiva objetiva corrigir as interpretações catastróficas dos sintomas físicos sentidos pelos pacientes como parte da ansiedade antecipatória ou de um ataque de pânico. Com a exposição interoceptiva, os pacientes submetem-se a uma exposição gradual para sentirem-se confortáveis com as sensações."
"Os exercícios de exposição interoceptiva podem funcionar como uma preparação para a exposição in vivo."
https://doi.org/10.1590/S1516-44462008000600005
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EXPOSIÇÃO INTEROCEPTIVA
É realizada através de procedimentos que, de forma confiável, possam reproduzir sensações semelhantes àquelas vivenciadas durante um ataque de pânico. Para isso, utilizam-se exercícios cardiovasculares, hiperventilação, inalações de dióxido de carbono ou girar o paciente repetidamente sobre seu próprio eixo, sentado numa cadeira. O objetivo da exposição interoceptiva é eliminar ou fragilizar a associação que o paciente faz entre as respostas corporais específicas e os sintomas do pânico, a fim de que deixe de temer ou superdimensionar o efeito desses sinais (Barlow, 1988).
Barlow, D. H. (1988). Anxiety and its disorders: The nature and treatment of anxiety and panic. New York: Guilford.
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Exposição interoceptiva
A exposição interoceptiva objetiva corrigir as interpretações catastróficas dos sintomas físicos sentidos pelos pacientes como parte da ansiedade antecipatória ou de um ataque de pânico. Com a exposição interoceptiva, os pacientes submetem-se a uma exposição gradual para sentirem-se confortáveis com as sensações. Essa exposição é feita por meio da provocação intencional dos sintomas utilizando-se de exercícios físicos. Por exemplo, os sentimentos de tontura poderiam ser induzidos pelo rotar de uma cadeira giratória, ou parestesias, desrealização e tontura poderiam ser induzidas por um minuto de hiperventilação. Além do treinamento direto para sentir-se confortável com essas sensações (em que os pacientes aprendem a vivenciar as sensações como estranhas ou desconfortáveis, mais do que assustadoras), a exposição interoceptiva também permite que os pacientes identifiquem os pensamentos automáticos e as interpretações catastróficas associadas às sensações físicas e corrigi-las. Os exercícios de exposição interoceptiva podem funcionar como uma preparação para a exposição in vivo. As intervenções de exposição interoceptiva são tipicamente introduzidas na sessão e completadas em conjunto pelo menos duas vezes pelo terapeuta e pelo paciente, colocando a atenção em ajudar os pacientes a "não fazer nada " para tentar controlar ou minimizar as sensações. A prática em casa dos exercícios é então indicada, com o objetivo de que o paciente "se acostume " com as sensações quando da próxima sessão semanal. Finalmente, pede-se aos pacientes que completem a exposição interoceptiva em sessões em que eles têm medo do pânico, de forma que o conforto com as sensações possa ser aprendido naquele contexto. Essa prática de exposição interoceptiva fora da sessão proporciona uma transição suave útil à exposição in vivo.
Referência:
MANFRO, Gisele Gus et al. Terapia cognitivo-comportamental no transtorno de pânico. Rev. Bras. Psiquiatr. , São Paulo, v. 30, supl. 2, pág. s81-s87, outubro de 2008. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462008000600005&lng=en&nrm=iso>. acesso em 20 de março de 2021. .
Portanto Gabarito letra A