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ID
3328654
Banca
IBFC
Órgão
Prefeitura de Divinópolis - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

      Em um ponto qualquer da praia de Copacabana, o ônibus para, saltam dois rapazes e uma moça, o senhor de idade sobe e inadvertidamente pisa o pé de um sujeito de meia-idade, robusto, muito satisfeito com a sua pessoa. O senhor vira-se e ia pedir desculpas, quando o tal sujeito lhe diz quase gritando: - Não sabe onde pisa, seu calhorda? O senhor de idade não contava com aquela brutalidade e fica surpreso. O outro carrega na mão, acrescentando: - Imbecil! Reação inesperada do senhor de idade que responde: - Imbecil é a sua mãe! Enquanto isso, todos os passageiros do ônibus sentem que vai ocorrer qualquer coisa, provavelmente só desaforo grosso, mas quem sabe? Talvez umas boas taponas... Diante do ultraje atirado à genitora, o sujeito suficiente, em vez de taponas que a maioria dos passageiros esperava, ou de puxar da faca ou revólver, pergunta indignado ao senhor de idade: - Sabe com quem está falando? Mas o senhor de idade não era sopa e retrucou: - Estou falando com um homem, parece... – Está falando com um delegado! O senhor está preso! – Isso é o que vamos ver! O sujeito seria mesmo um delegado? Era a pergunta que todos os passageiros se faziam. Ai deles, era! E resultado: o delegado voltou-se para o motorista e ordenou: - Entre pela rua Siqueira Campos e vamos para o distrito! Os passageiros ficaram aborrecidíssimos com aquela brusca mudança de itinerário, mas não protestaram. O ônibus para à porta da delegacia, salta o senhor de idade, salta o delegado, e este fala ao sentinela: - Leve preso este sujeito por desacato à autoridade! Nisto o senhor de idade puxa a caderneta de identificação e diz ao soldado: - Eu sou o general. Prenda este atrevido! O general volta ao ônibus, comanda ao motorista: - Vamos embora! O motorista “pisa”. Os passageiros do ônibus batem palmas.

(BANDEIRA, Manuel. Sabe com quem está falando? Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1990. P672-674 (Adaptado) .

O emprego dos artigos destacados em “Em um ponto qualquer da praia de Copacabana, o ônibus para” ressalta, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ?Em um ponto qualquer da praia de Copacabana, ônibus para?

    ? Artigo indefinido "um" trazendo indefinição em relação ao local da parada e artigo definido "o" trazendo especificação em relação a que ônibus se trata.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • GABARITO C

    NA MINHA OPINIÃO NÃO HÁ DIFERENÇA ENTRE AS ALTERNATIVAS "C" E "D" MAS COMO SE TRATA DE UM ARTIGO INDEFINIDO, "UM", ACABEI ESCOLHENDO A ALTERNATIVA "C": a indefinição do lugar de parada e a especificidade na apresentação do ônibus em questão.

  • Respeita as regras, mas foge da lógica.

    Artigo 'um' é indefinido e 'o' definido, mas na questão esse 'o' não vejo uma definição exata.

    De fato 'um' traz uma indefinição de qual ponto de ônibus o autor se refere, no entanto, o artigo 'o' na frase 'o ônibus', ele não especifica qual é o ônibus, ou seja, pode ser qualquer ônibus, de qualquer linha, ao contrário de dizer: "o ônibus da linha Guanabara (...)'. Logo, as regras gramaticais são respeitadas, no entanto, foge um pouco da lógica.

  • C e D estão muito parecidas. Mas, no momento que fala "em um ponto qualquer...", induz o leitor a marcar a alternativa D com o descaso que a palavra qualquer sugere.