Alternativas
A escuta do profissional precisa levar em consideração as novas configurações de família, fazendo adequações dos enquadramentos diagnósticos e terapêuticos para facilitar a compreensão das especificidades do funcionamento dessas configurações e seus efeitos no desenvolvimento das aprendizagens da criança.
Os pais não podem ser substituídos na construção e na manutenção dos vínculos relacionais primários, tendo nas intervenções terapêuticas a reflexão sobre a dinâmica familiar, sem retirar deles a autonomia e a responsabilidade que têm em relação ao desenvolvimento e à aprendizagem dos filhos.
No diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem, devem ser privilegiados os aspectos cognitivos e pedagógicos da aprendizagem em prejuízo da escuta clínica e da observação dos aspectos psicodinâmicos pertinentes à criança e ao seu grupo familiar.
A capacidade da criança de pensar livremente pode ser prejudicada pela existência na família de “verdades” religiosas, sociais ou culturais inquestionáveis, o que também pode ocasionar a presença de medos e segredos não demonstrados.