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ID
3352891
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de São Roque - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Briga de casal

        Ana teve uma discussão com o marido e se trancou no quarto, chateadíssima. Encostou-se na cama, fechou os olhos e começou a respirar fundo para se acalmar, porque o que sentia naquela hora era vontade de avançar nele. Mas o cansaço falou mais alto que a raiva. Um trabalho estressante, filhos dando preocupações, pais idosos para cuidar. A exaustão cobrou seu preço e Ana adormeceu.

      Quando acordou, ela lembrou-se que tinha discutido com o marido, lembrou-se da raiva que sentiu quando se fechou no quarto, mas... qual era mesmo o motivo da briga? Ana foi tomada por um esquecimento total, irremediável. Por nada deste mundo conseguia se lembrar. O esgotamento que vem enfrentando parece ter comprometido profundamente a memória dela. Ela se esquece de tudo e, naquele momento, o motivo da briga havia sumido completamente de sua cabeça.

      Ana saiu do quarto devagar, foi até a cozinha, preparou um chá e voltou para o quarto. Daí a pouco, Douglas, o marido, entrou, já era hora de dormir, e perguntou: “Tá mais calma?”. Ela sacudiu a cabeça, dizendo: “Você não é fácil...” e voltou a ler um livro em silêncio até adormecer. Na manhã seguinte, cada um saiu correndo para o trabalho, à noite eles se encontraram como se na véspera nada houvesse acontecido e até hoje Ana não tem a menor ideia do que a fez brigar com o marido.

      A maioria das brigas de casais é provocada por razões absolutamente tolas, risíveis, motivos que merecem ser esquecidos. Se as pessoas fizessem as contas de quanto tempo já perderam nessas discussões desnecessárias, o resultado seria assustador. É muito desperdício de vida. São tardes jogadas pela janela, sábados que não voltam mais, noites que poderiam ser dedicadas a um bom filme, manhãs de verão que poderiam ter se desdobrado em dias de absoluta leveza, em vez de produzir amargura, ressentimento, mau humor e fazer as pessoas consumirem mais um comprimido para dor de cabeça ou dor de estômago.

(Leila Ferreira. Viver não dói. São Paulo: Globo, 2013. Adaptado)

A forma verbal destacada está no tempo presente em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Ela se esquece de tudo ? temos um verbo pronominal conjugado na terceira pessoa do singular do presente do modo indicativo (=ela se esquece).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Assertiva b

    Ela se esquece de tudo...

  • A vunesp esta mudada heim!

  • Gabarito B

    a) verbo irregular. Pretérito perfeito do modo indicativo

    b) verbo pronominal conjugado na terceira pessoa do singular do presente do modo indicativo (=ela se esquece).

    c) Pretérito Imperfeito do modo subjuntivo (se ...sse)

    d) Pretérito perfeito do modo indicativo (ontem)

    e) Futuro do pretérito do modo indicativo (ria)

  • teve = pretérito perfeito

  • Pensei o mesmo não existe concordância longe.

  • SE PREPAREM, glra. TJSP vai ta PESADO