GABARITO: LETRA E
A) Sua tese formulada, se aceita de bom grado, Nicolas Bohr considera-a precisa ? o correto seria "consideraria" (=considerá-la-ia).
B) A ciência não explicará, de vez que os mistérios do mundo sejam trivialidades ? o correto seria "são" (=presente do indicativo para manter a coerência da frase).
C) Muitos cientistas não imaginam, a ciência por vezes está longe de alcançar ? imaginam alguma coisa, vírgula separando incorretamente o objeto direto de seu verbo.
D) Embora não se esclareça o mistério final, nem as trivialidades se explicam ? o correto seria "explicariam".
E) Ao se imaginar que tudo se esclareceu, eis que subsiste o mistério essencial.
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? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!
Autor: Elizabeth da Silva, Professora de Língua Portuguesa e Pós-Graduada em Língua Portuguesa., de Português
Esta questão requer conhecimentos acerca de coerência, coesão textual e correlação verbal.
Alternativa (A) incorreta - Há uma incorrelação entre os tempos verbais na segunda e terceira oração. Há um valor condicional na oração “se aceita de bom grado", introduzida pela conjunção condicional “se"; nesse sentido, o verbo da oração seguinte deveria estar flexionado no futuro do pretérito do indicativo a fim de manter a correlação verbal. Portanto, para manter a coesão textual, o correto seria: “Sua tese formulada, se aceita de bom grado, Nicolas Bohr a consideraria precisa" ou “Sua tese formulada, se aceita de bom grado, Nicolas Bohr considerá-la-ia precisa".
Observação!!! Há uma elipse da forma verbal ser flexionada no pretérito imperfeito do subjuntivo em “se fosse aceita de bom grado". Percebendo essa elipse, fica mais claro reconhecer a incorrelação entre os tempos verbais, visto que, quando se tem uma oração com verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo, a oração seguinte vem com verbo no futuro do pretérito do indicativo, ou vice-versa.
Alternativa (B) incorreta - A fim de manter a coerência e a coesão textual, o verbo da oração subordinada adverbial causal deveria estar flexionado no presente do indicativo. O correto seria: “A ciência não explicará, de vez que os mistérios do mundo sãotrivialidades".
Alternativa (C) incorreta - Quem imagina, imagina alguma coisa. O complemento do verbo imaginar (transitivo direto) é a oração subordinada objetiva direta “que a ciência por vezes está longe de alcançar". O verbo e seu objeto direto estão separados por vírgula, fato que não pode acontecer; além disso, está faltando a conjunção integrante “que" na oração objetiva direta.
Alternativa (D) incorreta - O período está sendo introduzido pela conjunção concessiva “embora", essa conjunção exprime um fato contrário ao da oração principal, mas não suficiente para anulá-lo ou impedi-lo. A oração “nem as trivialidades se explicam" está incoerente, não traz uma relação lógica com a oposição que se encontra na oração anterior. O período está com ideias incompletas. Na verdade, está faltando mais uma oração para completar a ideias das anteriores.
Alternativa (E) correta - Há uma correlação entre os tempos verbais das três orações, contribuindo para a coesão e a coerência textual. E a palavra denotativa designativa “eis"traz no discurso uma função de apresentar um fato na cena discursiva. Permite a enunciação de um fato como algo repentino e inesperado.
Gabarito da professora: alternativa E.