SóProvas


ID
3359743
Banca
VUNESP
Órgão
SAAE de Barretos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                          O inolvidável*


      Não é muito confortável ficar ao lado de grandes corporações, mas não vejo como não apoiar a tese do Google de que o Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) não pode impor o tal do direito ao esquecimento ao serviço de busca em nível mundial.

      Comecemos pelo polêmico direito ao esquecimento, que vem sendo reconhecido por alguns tribunais, em especial os europeus. É fácil simpatizar com o adolescente que fez um comentário inadequado na rede e não quer que o lapso o assombre para sempre. Também dá para ser solidário com a vítima de um crime que não deseja que sua identidade passe a ser definida por esse acontecimento traumático.

      É muito complicado, porém, dar a cada indivíduo o poder de determinar o que pode ou não ser dito a seu respeito. Fazê-lo representaria um embaraço forte demais às liberdades de expressão.

      A prevalecer uma versão forte do direito ao esquecimento, um artista vaidoso poderia mandar apagar as críticas negativas à sua obra; um político desonesto poderia fazer sumir os registros das condenações que sofreu. Na ausência de critérios inequívocos sobre o que é aceitável descartar da memória coletiva, é melhor não conceder a ninguém o direito de editar o passado.

      O que me preocupa mais nessa história não é, porém, o mérito do direito ao esquecimento, mas a pretensão da Justiça europeia de que suas decisões se apliquem fora das fronteiras da União Europeia. O risco aí é o de totalitarismo. Não convém conceder a nenhum Estado, por mais democrático que seja, o poder de impor suas leis a todo o planeta.

      Em algum grau os EUA já fazem isso, ao reclamar para si jurisdição sobre todas as transações financeiras que envolvam o dólar, independentemente do local do crime ou da nacionalidade dos delinquentes. Não penso, porém, que essa atitude deva ser imitada ou aceita. O ideal seria que o poder de cada Estado ficasse restrito a suas fronteiras.

                          (Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 22.09.2018. Adaptado)


* inolvidável: não olvidável; que não pode ser esquecido. 

Considere as frases a seguir:


•  … é melhor não conceder a ninguém o direito de editar o passado.

•  … ao reclamar para si jurisdição sobre todas as transações financeiras que envolvam o dólar


As expressões destacadas nas frases estão corretamente substituídas por pronomes, de acordo com a norma-padrão da língua, em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ? é melhor não conceder a ninguém o direito de editar o passado ? conceder alguma coisa (=o direto de editar o passado), pronome "lhe" não pode ser usado como um objeto direto, diante de verbo no infinitivo não flexionado a colocação pronominal é facultativa, próclise (=não o conceder) ou (=não concedê-lo, verbos terminados em -r, -s e-z, essas letras saem e usa-se -lo(s), -la(s)).

    ? ? ao reclamar para si jurisdição sobre todas as transações financeiras que envolvam o dólar ? envolvam alguma coisa, pronome relativo "que" sendo fator de próclise (=o envolvam).

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Assertiva A

    é melhor não o conceder a ninguém; as transações financeiras que o envolvem

  • GABARITO: Letra A

    Ambas frases são casos de próclise;

  • Atração de próclise

  • O NÃO é fator de atração de próclise. Sabendo isso já daria para matar a questão.

  • GAB. A)

    é melhor não o conceder a ninguém; as transações financeiras que o envolvem

    NÃO ATRAI O PRONOME

  • AVANTE PM-PR!!!