SóProvas


ID
3375976
Banca
AOCP
Órgão
UNIR
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Estudo que avaliou a vida de 165 mil pessoas

chegou a uma conclusão surpreendente: é na

velhice que estamos mais satisfeitos com nós

mesmos

   Quando você era jovem e achava que tinha o mundo nas mãos, talvez sua autoestima fosse boa. Mas, acredite, ela só estará no topo quando você estiver na melhor idade, aos 60. Pelo menos é o que diz um novo estudo feito por cientistas da Universidade de Berna, na Suíça. E eles garantem: esse sentimento pode permanecer no auge por uma década inteira.

     Com a pesquisa, os cientistas queriam investigar a trajetória da autoestima ao longo da vida. Eles descobriram que esse sentimento começa a se elevar entre 4 e 11 anos de idade, à medida que as crianças se desenvolvem social e cognitivamente – e ganham algum senso de independência. Os níveis, então, se estabilizam à medida que a adolescência começa, dos 11 aos 15 anos.

    Isso é surpreendente, pois o senso comum afirma que a auto-estima cai durante a adolescência. “Essa impressão acontece devido a mudanças na puberdade e maior ênfase na comparação social na escola”, diz Ulrich Orth, autor do estudo, mas, na prática, não é o que acontece.

   Segundo os pesquisadores, a autoestima se mantém estável até a metade da adolescência. Depois disso, ela tende a aumentar significativamente até os 30 anos. Após a faixa dos 30 podem até existir oscilações, mas o sentimento de autoconfiança tende a crescer. Quando os 60 chegam, a autoestima alcança o seu auge – e permanece assim até os 70 anos.

     Mas, quem tem a sorte de chegar até os 70 pode sentir sua autoestima baixar. Os pesquisadores afirmam que esse sentimento declina drasticamente dos 70 aos 90 anos. “Essa idade frequentemente envolve perda de papéis sociais e, possivelmente, viuvez, fatores que podem ameaçar a autoestima”, explica o autor. “Além disso, o envelhecimento muitas vezes leva a mudanças negativas em outras possíveis fontes de autoestima, como habilidades cognitivas e saúde.”

   Toda essa análise se baseou em 191 artigos científicos sobre autoestima, que incluíam dados de quase 165 mil pessoas. Os cientistas conseguiram, com esse estudo, apresentar uma visão bem abrangente sobre como essa auto percepção muda com a idade – por isso optaram por diferentes grupos demográficos e faixas etárias.

   Na cultura de hoje, que é quase obcecada pela juventude, muitos temem o envelhecimento. Mas, segundo a pesquisa, uns aninhos a mais podem fazer bem para sua autopercepção.

Por Ingrid Luisa

access_time 24 ago 2018, 18h02

Disponível em <https://super.abril.com.br/ciencia/saiba-em-que-ida

de-a-sua-autoestima-esta-no-topo-e-nao-e-aos-17/>


Considerando o texto apresentado, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, o item a seguir.

No excerto “Essa impressão acontece devido a mudanças na puberdade e maior ênfase na comparação social na escola.”, pela regência da expressão em destaque, ela deveria estar escrita da seguinte forma: “devida a”, pois a palavra “devido” é empregada como particípio do verbo dever.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: ERRADO

    ?  ?Essa impressão acontece devido a mudanças na puberdade e maior ênfase na comparação social na escola.?

    ? O termo está sendo empregado corretamente e não deve ser usado a palavra "devida" (=incorreto).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Eu acertei mas fiquei com dúvida : Vejam :

    Devido a / Devida a

    Quando usada na forma passiva ou como simples particípio no sentido de causado por, em decorrência de, a locução devido a deve concordar em gênero e número com o nome (substantivo ou adjetivo) a que se refere.

    Exemplos:

    A inflação e o desemprego eram devidos à má administração pública. (Forma passiva)

    A queda devida à instabilidade da Bolsa agravou-se há alguns dias. (Particípio)

    Quando usada como equivalente de por causa de, em razão de, graças a, desde que, a locução devido a mantém-se invariável (portanto, não deve ser flexionada).

    Exemplos:

    O empate não provocou surpresa, devido à igualdade entre os dois jogadores.

    A informação não estava disponível, devido a problemas de comunicação.

    Fonte : https://www.embrapa.br/manual-de-editoracao/gramatica-e-ortografia/normas-gramaticais/emprego-correto-de-expressoes

    O segredo do sucesso é nunca desistir !!!

  • A questão quer saber se no excerto “Essa impressão acontece devido a mudanças na puberdade e maior ênfase na comparação social na escola.”, pela regência da expressão em destaque, ela deveria estar escrita da seguinte forma: “devida a”, pois a palavra “devido” é empregada como particípio do verbo dever. Vejamos:

    Quando o termo "devido" equivale a "por causa de", "por motivo de" ele exige a preposição "a", ou seja, o correto é "essa impressão acontece devido a mudanças..." (= "essa impressão acontece por causa de mudanças..."). Já a expressão "devida a" não está correta, pois o certo é "devido a".

    Gabarito: ERRADO

  • a expressão devido no trecho não é particípio, se fosse estaria flexionado, como nos exemplos:

    "O sermão lembrou o respeito devido aos pais"

    "O sermão lembrou a gratidão devida aos pais"

    "O sermão lembrou os agradecimentos devidos aos pais"

    "O sermão lembrou as risadas devidas aos pais"

    e um comentário nada a ver com a questão mas acho esse é um caso onde o verbo acontecer é intrasitivo e a expressão "devido a mudanças" é adjunto adverbial de causa que completa o sentido do verbo intransitivo. POR FAVOR ME CORRIJAM SE EU ESTIVER ERRADO

  • golllll

  • Não estaria certo? Já que ele concorda em gênero e número do sujeito?

  • Gente, “devido a” é classificada como uma locução prepositiva causal. Logo, não caberá a flexão proposta pela banca. "Devido a" é equivalente a outros conectores causais, como “por causa de”, “em virtude de”, “em razão de”, “dado que” etc.

    "As locuções prepositivas são grupos de palavras que, juntas, têm função de preposição. Geralmente são compostas por um advérbio e uma preposição e formam-se a partir de combinação ou de contração das preposições com o outro termo que as acompanha."

    Fonte: Flávia Rita e outros comentários do QC.