A política externa dos EUA tem sido marcada, quase que desde a sua formação como Estado, no século XVIII, pela lógica do que intelectuais internacionalistas chamam de proposta realista, baseada na auto-ajuda, sempre buscando segurança e poder.
Ou seja, as ações do país na arena internacional circulam em torno de seus interesses para manutenção de seu poder e de sua segurança. A cooperação com o outro visa, mais do que tudo, a meta de assegurar a posição estadunidense de hegemonia. É uma power politics – política de poder.
O apoio à manutenção da biodiversidade, primordialmente na Amazônia por ser considerada o “pulmão do mundo", atende à lógica acima descrita e faz parte da agenda de política externa dos EUA em alguns governos, como por exemplo no governo Obama.
Desde a eleição de Donald Trump, porém, a política de poder tem seguido outra agenda. Daí, os acordos com o Brasil visam, mais do que tudo, ampliar a cooperação bilateral no setor de pesquisas e desenvolvimento militares, para o período de 2020 a 2030.
Foi também assinado por Trump e Bolsonaro, no início do ano de 2020, um memorando de entendimento no programa dos Estados Unidos para a América Latina, denominado “América Cresce". Este é um programa destinado à contenção da influência da China na América Latina, o qual contém medidas de apoio a investimentos na região.
Os setores de interesse são, basicamente, aqueles que tem, direta ou indiretamente, apelo para a manutenção de Segurança através de recursos de poder militar.
Daí o direcionamento da cooperação para os setores aeroespacial, ciência, tecnologia, saúde e inovação. Além disto, ambos os governos adotaram um programa denominado Science and Technology Work Plan para o período 2020-2030.
Pelas informações disponibilizadas por órgãos do próprio governo brasileiro é possível perceber que a afirmativa apresentada na questão está incorreta. Existem propostas e programas de cooperação entre EUA e Brasil, sim. Mas, não estão direcionados, ao menos no presente momento, para a garantia da biodiversidade.
RESPOSTA: ERRADO