Bruno Rezende professor
Errado.
Não há “alta prioridade” dos EUA às relações com os países do continente
americano como uma constante na política externa norte-americana. Houve profunda
mudança no relacionamento dos EUA com Cuba, por exemplo, do governo Barack
Obama para o governo Donald Trump, o que demonstra ser errada a generalização
mencionada no item. Além disso, o livre comércio não é necessariamente “objeto de
consenso bipartidário”, uma vez que há também setores econômicos protecionistas nos
EUA (como açúcar, algodão, aço, alumínio, lácteos, carnes, suco de laranja, têxteis, etc.).
A constituição dos EUA, que data de 1789, estabelece que a disputa política, na esfera federal, será feita através de um sistema bipartidário: partidos Republicano e Democrata em seus nomes atuais.
No entanto, o fato de haver dois partidos não significa um “consenso" fácil de ser obtido. Há mais de uma vertente em cada partido, representando a variedade da sociedade norte-americana.
Esse “consenso bipartidário doméstico" existe no que diz respeito à manutenção da democracia mas, as questões referentes à direitos humanos – principalmente no que tange às minorias do livre comércio e dos investimentos não são objeto de um consenso da forma que é apresentado na questão.
O consenso nasce do duro debate político no poder legislativo, das negociações e das concessões entre as partes em conflito ou discordância.
Por outro lado, “a alta prioridade outorgada pelos EUA às relações com os países do continente americano ostenta um padrão de regularidade frente a injunções políticas internas ou externas" também pode ser questionada.
No que tange ao “padrão de regularidade" nas relações com países do continente, é preciso não esquecer que a política externa dos EUA pode ser entendida pela ótica de análise Realista das Relações Internacionais.
EUA buscam sempre, em primeira instância, sua segurança e seu poder. É a lógica da auto-ajuda. As relações com outros Estados atendem às necessidades e prioridades estadunidenses na arena internacional.
Por conseguinte a “regularidade" pode ser questionada.
Ademais, a política externa dos EUA não resulta do “ consenso bipartidário", até mesmo porque é a grande esfera de atuação da presidência da República.
A afirmativa está incorreta
RESPOSTA: ERRADO