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ID
3377278
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando a trajetória da política externa argentina da década de 1980 ao presente, bem como as relações com o Brasil e as perspectivas daquele país em relação ao Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), julgue o item a seguir.


Sob a presidência de Carlos Saul Menem (1989-1999), a política externa argentina privilegiou as relações com os Estados Unidos, o que, contudo, não representou obstáculo para o aprofundamento do relacionamento com o Brasil, cuja política externa, no mesmo contexto, priorizava o fortalecimento do multilateralismo e a integração regional como pilares da respectiva estratégia de inserção internacional.

Alternativas
Comentários
  • Bruno Rezende professor

    Certo.

    A presidência de Menem foi caracterizada pela tentativa de aproximação aos EUA,

    consubstanciada no “realismo periférico”, segundo Carlos Escudé, ou na expressão da

    busca de “relações carnais” com os EUA, nas palavras do chanceler Guido di Tella. Isso

    não impediu, entretanto, o aprofundamento do relacionamento com o Brasil, como

    exemplificado pela criação da ABACC e do Mercosul. É, igualmente, correto afirmar que a

    política externa brasileira defendeu, na década de 1990, o fortalecimento do

    multilateralismo (como demonstrado pelas ações brasileiras em matéria de direitos

    humanos, meio ambiente e não proliferação nuclear) e a integração regional (a exemplo

    da constituição do Mercosul, da proposta da ALCSA e do engajamento na negociação da

    ALCA).

  • SALDO BALANÇA COMERCIAL JAN-JUN/2020

    BRASIL X ARGENTINA

    SUPERÁVIT - US$ 22 MILHÕES

  • Sob o "realismo periférico" a Argentina dos anos 90 busca sua inserção no plano internacional por meio da associação com uma grande potência, retomando a tradição do país no final do século XIX, quando os argentinos eram o "celeiro" do mundo e associados à Inglaterra. (Em oposição à autonomia heterodoxa, de inspiração peronista e mais "à esquerda").

    É nessa época que a Argentina vira aliada extra-territorial da OTAN, por exemplo. País apoia a ALCA e no plano econômico tem uma política liberal, inclusive com um modelo de currency board (paridade em relação ao dólar).

    Essa relação com os EUA não impediu, contudo, uma aproximação com o Brasil, iniciada ainda sob o regime militar (1979 - Acordo Tripartite Br-Arg -Py), passando por Sarney e Raul Alfonsín até Menen e Collor.

    1988: Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento: Integração entre os dois países deveria ocorrer em 10 anos

    1990: Ata de Buenos Aires - Menem e Collor diminuem para 5 anos

    1991: Tratado de Assunção - cria oficialmente Mercosul - cronogama ousado de redução de tarifas e abertura comercial.

    1995: Implantação da Tarifa Externa Comum

  • Em 1989, com a troca de governo na Argentina, a política externa do país experimentou múltiplas rupturas com relação aos delineamentos determinados pelo governo anterior, exceto com relação ao Brasil e à integração regional. 
    O projeto de integração constitui uma diretriz de continuidade entre as políticas externas de Raul Alfonsin e Menem, em que pese serem representantes de forças políticas diferentes da Argentina. Para a manutenção desta diretriz de integração foi importante a convergência ideológica dos presidentes Fernando Collor de Mello (1990-1992) e Menem.
    A proposta de ambos era de volta à liberalização comercial, ou de um regionalismo aberto aos mercados. Dessa forma, a integração bilateral com projeção regional, concebida no período Sarney-Alfonsín como um projeto de integração para o desenvolvimento, transformou-se em uma ferramenta dos governos Collor e Menem, seguidores das reformas neoliberais e das políticas preconizadas pela potência hegemônica, EUA, para a inserção subordinada dos países periféricos ao sistema internacional. 
    A partir do início do governo Menem, a Argentina volta-se, prioritariamente, à busca de um padrão de estabilidade no relacionamento com os Estados Unidos, refletido numa política de alinhamento.  Aliados "carnais" segundo Menem.
    Assim, todas as outras atitudes, inclusive a integração no Mercosul, podem ser consideradas complementares à prioridade da nova agenda, que passa a ser o relacionamento preferencial com os Estados Unidos. 
    O presidente Carlos Menem adotou uma política externa baseada no alinhamento da Argentina com os Estados Unidos. A aproximação foi expressiva, resultando em maior engajamento econômico e  de  eliminação de conflitos. 
    Dentro deste contexto, uma aproximação com o Brasil cumpre o papel de liberalização conjunta de mercados e, novas possibilidades de negociação com EUA. Se entendemos a meta da política externa do governo Menem não fica difícil perceber que a afirmativa apesentada na questão está correta. 
    RESPOSTA: CORRETO
  • Como información,

    fur en su gobierno que se estableció el MERCOSUL, así como las relaciones con Reino Unido.

    Buenos estudios!