O conjunto dos desenhos livres, das estórias que lhes são associadas, das respostas aos “inquéritos” e dos títulos, embora possa ser considerado uma reunião de elementos diversificados, constitui-se numa estrutura unificada e num processo unitário de comunicação. Presta-se a transmitir mensagens em si mesmas indivisíveis, tendo um sentido de totalidade. Todos os elementos estão interligados, vindo a formar em seu conjunto uma unidade coerente e indissolúvel. Nesse caso, admite-se que os desenhos livres não servem somente para eliciar as estórias, mas são partes de uma comunicação inteiriça, que emprega cinco unidades de produção para atingir seus fins.
Tem sido descritas diversas vantagens para a aplicação do Procedimento de Desenhos-Estórias: a facilidade de aplicação e a abrangência da aplicação clínica e não clínica, a adaptabilidade às necessidades de comunicação inconsciente do examinando, a possibilidade de penetração e desvendamento de conteúdos psíquicos relevantes, a concisão na focalização e no destaque de material clínico significativo e a oportunidade de atendimento a populações carentes, para os quais os métodos tradicionais se tornam pouco realistas.