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ID
3422959
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Educação financeira chega ao ensino infantil e fundamental em 2020

           Oferta está prevista na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)


      Antonia, auxiliar de escritório, todos os dias compra uma balinha ou um chocolate, no ponto de ônibus, na volta do trabalho, que custa R$ 0,50. "Eu não dava importância para aquele gasto. Imagina, R$ 0,50 não é nada! Mas eu nunca consegui economizar um centavo”. Fazendo as contas, esses centavos viram R$ 11 em um mês e R$ 132 em um ano.

      São situações como essa, retirada de livro didático disponível online, que ensinam estudantes de escolas em várias partes do país a terem consciência dos próprios gastos e a ajudar a família a lidar com as finanças. A chamada educação financeira, cuja oferta hoje depende da estrutura de cada rede de ensino passa a ser direito de todos os brasileiros, previsto na chamada Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

      “É uma grande oportunidade, uma grande conquista para a comunidade escolar do país”, diz a superintendente da Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil), Claudia Forte. “A educação financeira busca a modificação do comportamento das pessoas, desde pequeninas, quando ensina a escovar os dentes e fechar a torneira para poupar água e economizar. Isso é preceito de educação financeira”.

      A BNCC é um documento que prevê o mínimo que deve ser ensinado nas escolas, desde a educação infantil até o ensino médio. Educação financeira deve, pela BNCC, ser abordada de forma transversal pelas escolas, ou seja, nas várias aulas e projetos. Parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), homologado pelo Ministério da Educação (MEC), prevê que as redes de ensino adequem os currículos da educação infantil e fundamental, incluindo esta e outras competências no ensino, até 2020.

      A educação financeira nas escolas traz resultados, de acordo com a AEF-Brasil. Pesquisa feita em parceria com Serasa Consumidor e Serasa Experian, este ano, mostra que um a cada três estudantes afirmou ter aprendido a importância de poupar dinheiro depois de participar de projetos de educação financeira. Outros 24% passaram a conversar com os pais sobre educação financeira e 21% aprenderam mais sobre como usar melhor o dinheiro.

Desafios

      Levar a educação financeira para todas as escolas envolve, no entanto, uma série de desafios, que vão desde a formação de professores, a oferta de material didático adequado e mesmo a garantia de tempo para que os professores se dediquem ao preparo das aulas.

      De acordo com o presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Garcia, os municípios, que são os responsáveis pela maior parte das matrículas públicas no ensino infantil e fundamental, focarão, em 2020, na formação dos docentes, para que eles possam levar para as salas de aula não apenas educação financeira, mas outras competências previstas na BNCC.

      “Tivemos um grande foco na construção dos currículos e, agora, neste ano, [em 2020], entramos no processo de formação. Educação financeira, inclusão, educação socioemocional, todos esses elementos vão chegar de fato na sala de aula a partir da discussão que fizermos agora”, diz. Segundo ele, a implementação será concomitante à formação, já em 2020.

      De acordo com Garcia, não há um levantamento de quantos municípios já contam com esse ensino. “Não existe uma orientação geral com relação a isso. São iniciativas locais. Não tenho como quantificar, mas não é algo absolutamente novo”, diz.

Ensinar a escolher

      A educação financeira é pauta no Brasil antes mesmo da BNCC. Em 2010 foi instituída, por exemplo, a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), com o objetivo de promover ações de educação financeira no Brasil. Na página Vida e Dinheiro, da entidade, estão disponíveis livros didáticos que podem ser baixados gratuitamente e outros materiais informativos para jovens e para adultos.

      As ações da Enef são coordenadas pela AEF-Brasil. Claudia explica que a AEF-Brasil foi convocada pelo Ministério da Educação (MEC) para disponibilizar materiais e cursos para preparar os professores e, com isso, viabilizar a implementação da educação financeira nas escolas.

      As avaliações mostram que o Brasil ainda precisa avançar. No Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015, o Brasil ficou em último lugar em um ranking de 15 países em competência financeira. O Pisa oferece avaliação em competência financeira de forma optativa aos países integrantes do programa. O resultado da última avaliação dessa competência, aplicada em 2018, ainda não foi divulgado.

      Os resultados disponíveis mostram que a maioria dos estudantes brasileiros obteve desempenho abaixo do adequado e não conseguem, por exemplo, tomar decisões em contextos que são relevantes para eles, reconhecer o valor de uma simples despesa ou interpretar documentos financeiros cotidianos.

Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2019-12/educacao-financeira-chega-ao-ensino-infantil-e-fundamental-em2020>. Acesso em: 13 fev. 2020. Fragmento.

“Os resultados disponíveis mostram que a maioria dos estudantes brasileiros obteve desempenho abaixo do adequado e não conseguem, por exemplo, tomar decisões em contextos que são relevantes para eles [...]”


Com relação à concordância determinada pela norma-padrão, as formas verbais em destaque estão:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ?Os resultados disponíveis mostram que a maioria dos estudantes brasileiros obteve desempenho abaixo do adequado e não conseguem, por exemplo, tomar decisões em contextos que são relevantes para eles [...]?

    ? Temos um sujeito partitivo, o primeiro verbo concordou com o termo partitivo (=a maioria obteve) e o segundo verbo concordou com o termo especificado (=dos estudantes brasileiros conseguem) ? trata-se de uma concordância optativa, facultativa, logo, o plural e o singular estão corretos.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • CUIDADO

    O gabarito não está incorreto, mas devemos fazer uma ressalva.

    Sim, o sujeito é partitivo e pode, facultativamente, em mabas as ocorrências, apresentar-se no singular ou no plural.

    Contudo, é perceptível o estranhamento, principalmente aos ouvidos, da mistura de concordâncias dentro do período, causando indiscutível prejuízo ao paralelismo. A concordância dos verbos, analisados de forma individual, está correta, não podemos afirmar o mesmo sobre a correção gramatical do período

  • Se você escreve assim numa redação de concurso, é considerado errado, na certa!

  • Concordo com ivan lucas. Só achei o que o examinador queria deduzindo que por paralelismo as letras C e D se anulariam. Fiquei um tempo até adivinhar o que o examinador "achou certo" e marquei a letra "A", mas, para mim, o gabarito não está correto.

  • errei, mas a regra é clara!

  • Errei por ter esquecido esta regra de concordância verbal. Vivendo, errando e aprendendo. Bola pra frente!!!

  • Vale a pena ver de novo!

    Expressão Partitiva 

    Apresentam um núcleo que corresponde aos termos: A maioria de, grande parte de, uma parcela de, a minoria de...

    Essa expressão pode carregar uma ideia partitiva que, se estiver no plural, permite a dupla concordância.

    A maioridas pessoas chegou atrasada.

    A maioria das pessoas chegaram atrasadas.

  • Estudar paralelismo foi a pior coisa que aconteceu. Desde então só erro essas questões
  • GABARITO A

    Quando o sujeito é a expressão: A MAIORIA DE, ou PARTE DE, ou UMA PORÇÃO, ou O RESTO DE, ou GRANDE NÚMERO DE, seguida de um substantivo ou nome no plural, o verbo pode ficar no SINGULAR ou PLURAL.

    exs.:

    1 - A maioria dos telespectadores não (gostou ou gostaram) da apresentação.

    2 - Uma porção de clientes (reclamou ou reclamaram) dos serviços prestados.

    3 - Grande número dos candidatos (conseguiu ou conseguiram) a aprovação.

    Bons estudos! 

  • Ambas corretas.

    Ou concorda em singular com ''a maioria'' ou concorda em plural com ''estudantes brasileiros''

  • Gab. "A"

    Verbo "Obteve" concorda com "a maioria"

    Verbo "Conseguem" concorda com "estudantes"

    Por um mundo mais eficaz.

  • Expressou-se claramente no enunciado concordância verbal. É o exclusivo aspecto a ser inspecionado. Nenhum mais. Se fosse necessário avaliar outro, far-se-ia menção. Aqui, no entanto, quer-se saber tão somente se correta ou se incorreta a flexão dos verbos abaixo destacados:

    “Os resultados disponíveis mostram que a maioria dos estudantes brasileiros obteve desempenho abaixo do adequado e não conseguem, por exemplo, tomar decisões em contextos que são relevantes para eles [...]”

    Ambas as formas verbais estão corretas. Não há que se fazer alusão a outro aspecto. A primeira forma, concordou o verbo com a termo partitivo (a maioria); a segunda, com o especificador (estudantes brasileiros).

    a) Ambas corretas

    Correto. Não há erro algum;

    b) Ambas incorretas.

    Incorreto. Há correção em ambas;

    c) Correta e incorreta respectivamente.

    Incorreto. Há correção em ambas;

    d) Incorreta e correta respectivamente.

    Incorreto. Há correção em ambas.

    Letra A

  • Othon Garcia daria uma livrada no elaborador da questão e em todos aqueles que validaram o gabarito. Veja lá o livro Comunicação em Prosa Moderna, capítulo 1, tópico 1.4.5, sobre paralelismo.

  • Minha avaliação dessa questão vai ao encontro do comentário do Ivan Lucas ... Como assim: inicia no SINGULAR concordando com A MAIORIA e posteriormente concorda com ESTUDANTES BRASILEIROS (CONSEGUEM) ... e a maioria aqui "passa pano" pra banca ... Tá errado essa porr... teria que ANULAR!!!

  • marquei a letra C por que lembrei do paralelismo.