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ID
3422968
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Educação financeira chega ao ensino infantil e fundamental em 2020

           Oferta está prevista na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)


      Antonia, auxiliar de escritório, todos os dias compra uma balinha ou um chocolate, no ponto de ônibus, na volta do trabalho, que custa R$ 0,50. "Eu não dava importância para aquele gasto. Imagina, R$ 0,50 não é nada! Mas eu nunca consegui economizar um centavo”. Fazendo as contas, esses centavos viram R$ 11 em um mês e R$ 132 em um ano.

      São situações como essa, retirada de livro didático disponível online, que ensinam estudantes de escolas em várias partes do país a terem consciência dos próprios gastos e a ajudar a família a lidar com as finanças. A chamada educação financeira, cuja oferta hoje depende da estrutura de cada rede de ensino passa a ser direito de todos os brasileiros, previsto na chamada Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

      “É uma grande oportunidade, uma grande conquista para a comunidade escolar do país”, diz a superintendente da Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil), Claudia Forte. “A educação financeira busca a modificação do comportamento das pessoas, desde pequeninas, quando ensina a escovar os dentes e fechar a torneira para poupar água e economizar. Isso é preceito de educação financeira”.

      A BNCC é um documento que prevê o mínimo que deve ser ensinado nas escolas, desde a educação infantil até o ensino médio. Educação financeira deve, pela BNCC, ser abordada de forma transversal pelas escolas, ou seja, nas várias aulas e projetos. Parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), homologado pelo Ministério da Educação (MEC), prevê que as redes de ensino adequem os currículos da educação infantil e fundamental, incluindo esta e outras competências no ensino, até 2020.

      A educação financeira nas escolas traz resultados, de acordo com a AEF-Brasil. Pesquisa feita em parceria com Serasa Consumidor e Serasa Experian, este ano, mostra que um a cada três estudantes afirmou ter aprendido a importância de poupar dinheiro depois de participar de projetos de educação financeira. Outros 24% passaram a conversar com os pais sobre educação financeira e 21% aprenderam mais sobre como usar melhor o dinheiro.

Desafios

      Levar a educação financeira para todas as escolas envolve, no entanto, uma série de desafios, que vão desde a formação de professores, a oferta de material didático adequado e mesmo a garantia de tempo para que os professores se dediquem ao preparo das aulas.

      De acordo com o presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Garcia, os municípios, que são os responsáveis pela maior parte das matrículas públicas no ensino infantil e fundamental, focarão, em 2020, na formação dos docentes, para que eles possam levar para as salas de aula não apenas educação financeira, mas outras competências previstas na BNCC.

      “Tivemos um grande foco na construção dos currículos e, agora, neste ano, [em 2020], entramos no processo de formação. Educação financeira, inclusão, educação socioemocional, todos esses elementos vão chegar de fato na sala de aula a partir da discussão que fizermos agora”, diz. Segundo ele, a implementação será concomitante à formação, já em 2020.

      De acordo com Garcia, não há um levantamento de quantos municípios já contam com esse ensino. “Não existe uma orientação geral com relação a isso. São iniciativas locais. Não tenho como quantificar, mas não é algo absolutamente novo”, diz.

Ensinar a escolher

      A educação financeira é pauta no Brasil antes mesmo da BNCC. Em 2010 foi instituída, por exemplo, a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), com o objetivo de promover ações de educação financeira no Brasil. Na página Vida e Dinheiro, da entidade, estão disponíveis livros didáticos que podem ser baixados gratuitamente e outros materiais informativos para jovens e para adultos.

      As ações da Enef são coordenadas pela AEF-Brasil. Claudia explica que a AEF-Brasil foi convocada pelo Ministério da Educação (MEC) para disponibilizar materiais e cursos para preparar os professores e, com isso, viabilizar a implementação da educação financeira nas escolas.

      As avaliações mostram que o Brasil ainda precisa avançar. No Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015, o Brasil ficou em último lugar em um ranking de 15 países em competência financeira. O Pisa oferece avaliação em competência financeira de forma optativa aos países integrantes do programa. O resultado da última avaliação dessa competência, aplicada em 2018, ainda não foi divulgado.

      Os resultados disponíveis mostram que a maioria dos estudantes brasileiros obteve desempenho abaixo do adequado e não conseguem, por exemplo, tomar decisões em contextos que são relevantes para eles, reconhecer o valor de uma simples despesa ou interpretar documentos financeiros cotidianos.

Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2019-12/educacao-financeira-chega-ao-ensino-infantil-e-fundamental-em2020>. Acesso em: 13 fev. 2020. Fragmento.

“A chamada educação financeira, cuja oferta hoje depende da estrutura de cada rede de ensino, passa a ser direito de todos os brasileiros, previsto na chamada Base Nacional Comum Curricular (BNCC).”


O pronome relativo em destaque introduz efeito semântico de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ?A chamada educação financeira, cuja oferta hoje depende da estrutura de cada rede de ensino, passa a ser direito de todos os brasileiros, previsto na chamada Base Nacional Comum Curricular (BNCC).?

    ? Temos o pronome relativo "cuja" trazendo valor de posse, a oferta DA educação financeira (=dela), pode ser substituído corretamente por " da qual a".

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • mas o cujo não pode ser substituído por nenhum outro pronome relativo, questão passivel de anulação.

  • Letra A

    Pronome relativo CUJO:

    -Entre substantivos.

    -Transmite ideia de posse, entre os termos.

    -Concordância com o termo posterior.

    -Não deve ser seguido de artigo.

    -Não tem substituto.

    Fonte: Prof. Elias Santana, Grancursos.

    Desiste não, vai valer a pena!!!!

  • O cujo traz ideia de posse, mas não pode ser substituído por nenhum outro pronome. Concordo com a Juliana Silva.

  • "Cujo" valor de posse , é de frente pra trás

    "da qual a" retorna , é de trás pra frente ...

    estranho gab

  • Galera, não sei se vai fazer muito sentido pra vocês, mas eu montei a ideia de:

    Cujo=pronome relativo variável, o que me leva a optar por "qual"

    e o verbo depender: quem depende depende de algo ou alguém e não em.

    O que me deixou a opção A) da qual.

  • E aquele negócio de "NÃO TROQUE SEU CUJO POR NADA", alguém sabe explicar pq não se aplica nessa questão?

  • O pronome "cujo" é variável mas não pode ser substituído por nenhum outro pronome. Se souberem de algo diferente, me corrijam ou postam os seus comentários por este canal, por favor. Obrigado!!!

  • Pessoal, vamos pedir o comentário do professor!

    Nas gramáticas o pronome "cujo" não pode ser substituído por nenhum outro pronome relativo, mas sempre tem o entendimento de um autor diferente né.

    Oremos!

  • INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS:

    CUJA - tem valor possessivo

    QUEM - somente pode ser empregado com relação a pessoas, não coisas

  • É o sentido semântico galera, ele não vai ser substituído. Eles perguntaram a ideia que o pronome passa.

  • Gabarito: A

    COMPLEMENTANDO

    "Cujo" e sua flexões equivalem a "de que", "do qual" (ou suas flexões "da qual", "dos quais", "das quais"), "de quem".

  • GABARITO A

    “A chamada educação financeira, cuja oferta hoje depende da estrutura de cada rede de ensino [...]

    CUJA = faz o papel aqui de pronome relativo podendo ser substituído por DE QUE, DO QUAL, DA QUAL.

    Quem depende, depende DE algo, DE alguma coisa. Logo, substituímos CUJA por DA QUAL A , visto que CUJA é feminino DE + A = DA.

    bons estudos

  • Resposta: alternativa a

     

    Trecho em análise: A chamada educação financeira, cuja oferta

     

    cujo tem sentido de posse (elimina-se as alternativas c e d) e liga dois substantivos, neste caso, educação e oferta (a oferta da educação financeira). Já que o pronome quem só poder ser usado para substituir pessoas ou entes personificados, elimina-se a alternativa b.

     

    *Dúvida da galera*

    Dizem que o cujo não pode ser substituído por nada, dica de professores, provavelmente. Neste caso, como foi usado a preposição de que tem sentido de posse e um pronome relativo que faz ligar orações, dá sim para ser substituído. Veja: o cujo não foi substituído apenas por um pronome, mas sim por uma preposição + artigo (da), pronome (qual) e ainda outro artigo (a), quem tem os mesmos sentidos: posse e ligante.

     

  • Não precisamos substituir a dita cuja, basta reescrever a frase para compreender por que o gabarito é a letra A, assim:

    A oferta da (qual a) chamada educação financeira hoje depende....

    “A chamada educação financeira, cuja oferta hoje depende da estrutura de cada rede de ensino, passa a ser direito de todos os brasileiros, previsto na chamada Base Nacional Comum Curricular (BNCC).”

    Cuidado com certas regras simplificadoras que nos impedem de analisar o contexto da questão.

    Força!

  • Assertiva A

    cuja = Posse e poderia ser substituído por “da qual a”.

  • CUIDADO

    Inúmeros comentários incorretos estão afirmando que o "cujo" não pode ser substituído por nada.

    Muito cuidado com as generalizações, ai está o problema dos alunos que decorram "macetes" quando na verdade deveriam compreender a estrutura para saber aplicá-la.

    O pronome relativo "cujo" possui ideia de posse, não podendo ser substituído por qualquer outro pronome que não traga essa mesma ideia. No entanto, nada nos impede de substitui-lo por construções que preservem a ideia possessiva

    “A chamada educação financeira, cuja/da qual a oferta hoje depende da estrutura de cada rede de ensino, passa a ser direito de todos os brasileiros, previsto na chamada Base Nacional Comum Curricular (BNCC).”

  • Tem professor que dá dica incompleta, daí confunde os coleguinhas. Vejam o comentário do Rhuan Anibal. Perfeito!

  • CUIDADO - Leia o comentário, pode ser útil para você

    Pessoal, o enunciado não pede para substituir o pronome cujo, mas sim para verificar outro pronome relativo que também tenha valor de posse, como por exemplo: : do qual, da qual, dos quais, das quais, de que e de quem. Ou seja, não foi pedido substituição, mas sim verificar quais outros pronomes relativos possuem ideia de posse.

    Questão:

    O pronome relativo em destaque introduz efeito semântico de:

    • A
    • Posse e poderia ser substituído por “da qual a”.
    • B
    • Posse e poderia ser substituído por “de quem a”.
    • C
    • Lugar e poderia ser substituído por “na qual a”.
    • D
    • Lugar e poderia ser substituído por “em quem a”.