SóProvas


ID
3426472
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Cerquilho - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.


           
          Ao longo de todo o ano passado, assistentes sociais municipais abordaram cerca de 105,3 mil pessoas nas calçadas da cidade de São Paulo. Esse número é 66% maior do que a quantidade de pessoas abordadas na mesma situação em 2016, quando foram contabilizados 63,2 mil indivíduos, e 88% acima da de 2015.
        O número de indivíduos abordados não representa a quantidade de pessoas que vive de fato nas ruas. Entre os abordados há, por exemplo, moradores da periferia que passam dias e noites vivendo nas calçadas da região central em busca de doações, mas em parte do mês retornam a suas casas, pessoas que estão de passagem pela cidade, entre outras situações.
         O cálculo oficial de moradores de rua na capital paulista está defasado, uma vez que é feito a cada quatro anos pela prefeitura por meio da contratação de um censo específico. O levantamento mais recente é de 2015, quando foram contabilizados cerca de 15 mil moradores de rua. Naquele ano, foram abordados 56,1 mil indivíduos.
        Com a crise econômica que já dura cinco anos, mudou também a motivação principal que leva as pessoas à rua. Os conflitos familiares, que, em 2018, apareciam em primeiro lugar como motivo mais frequente para permanecer nas ruas, foram ultrapassados pelo desemprego, que figura como a explicação mais comum dada pelas pessoas abordadas.
         A consolidação de São Paulo como destino de imigrantes em busca de melhores condições representa outra camada no cenário social devastador da cidade. Ao longo do ano passado, mais de 260 estrangeiros foram abordados como moradores de rua. Migrantes também engordam as estatísticas. Entre os abordados pelos assistentes sociais que informaram origem, metade veio de fora da capital, apesar de o estado ser citado pela maioria como local de origem. Os outros estados mais citados são Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Paraná. 


(Mariana Zylberkan. “Em dois anos, SP vê salto de 66% de pessoas
abordadas vivendo nas ruas”. www1.folha.uol.com.br, 22.06.2019. Adaptado)

Encontra-se em conformidade com as ideias presentes no texto e com a norma-padrão a frase:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Segundo o texto: Entre os abordados, por exemplo, moradores da periferia que passam dias e noites vivendo nas calçadas da região central em busca de doações, mas em parte do mês retornam a suas casas, pessoas que estão de passagem pela cidade, entre outras situações.

    ? A conjunção coordenativa adversativa "mas" vem trazendo a ideia de oposição, na letra "d": Algumas pessoas, embora estejam nas calçadas do centro, na verdade residem na periferia, para onde voltam de tempos em tempos ? ideia mantida, correção gramatical mantida e uso da conjunção subordinativa concessiva para trazer o valor semântico opositivo.

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva d

    Algumas pessoas, embora estejam nas calçadas do centro, na verdade residem na periferia, para onde voltam de tempos em tempos.

  • A questão requer Compreensão Textual, Coerência e Coesão e Uso das Conjunções.


     

    ALTERNATIVA (A) INCORRETA – A 2ª oração está incoerente com as ideias da 1ª, visto que os cálculos de 2018 são uma estimativa, ou seja, um cálculo aproximado baseado no levantamento feito por assistentes sociais e, na 2ª oração, há uma palavra que não está em conformidade com as ideias da 1ª oração, palavra esta que é “acurada" – feito com primor, atenção; esmerado. Devido a isso, para a 2ª oração ficar coerente e coesa, ela deveria ser introduzida por um conectivo causal/explicativo e não conclusivo/consecutivo. Veja: “Os cálculos de 2018 são uma estimativa com base no levantamento feito por assistentes sociais, porque a quantidade de moradores de rua é acurada.".


    ALTERNATIVA (B) INCORRETA – A locução conjuntiva subordinativa “mesmo que" traz uma ideia concessiva - fato contrário ao da ação da oração principal, mas incapaz de impedir que tal ação venha a ocorrer -, ela está sendo usada de forma incoerente às ideias do período. A ideia que este período passa é de adição e não de concessiva. Veja: “O estado de São Paulo foi citado nas abordagens como o local de origem de metade das pessoas e a outra metade, de outros estados.".


    ALTERNATIVA (C) INCORRETA – A prefeitura fazer o censo de quatro em quatro anos não é a justificativa de o número de moradores de rua ter aumentado, esse distanciamento temporal causou apenas uma defasagem do cálculo oficial de moradores de rua. O que traz essa incoerência textual é o emprego da conjunção subordinativa causal “porque". Pelas ideias do texto, seria mais coeso e coerente empregar um operador argumentativo concessivo. Veja: “O número de moradores de rua tem aumentado num ritmo acelerado e por diversos motivos, mesmo a prefeitura fazendo o censo de quatro em quatro anos.".


    ALTERNATIVA (D) CORRETA – Conforme as ideias presentes no 2º parágrafo do texto, nem todas as pessoas que passam dias e noites nas ruas são moradores de rua, elas moram na periferia e voltam de tempos em tempos para as suas residências. Os conectivos foram usados de forma coesa e coerente mantendo a estrutura frasal e a norma-padrão.


     

    ALTERNATIVA (E) INCORRETA – A sentença está incoerente por conta da locução conjuntiva subordinativa causal “uma vez que". O desemprego é, atualmente, o motivo principal de ter aumentado o número de moradores de rua, mas os conflitos familiares ainda fazem com que haja mais pessoas vivendo nas ruas. Para este período ficar bem coeso e coerente, ele deveria ser introduzido por um operador argumentativo concessivo. Veja: “Por mais que o desemprego figure como o motivo mais frequente para as pessoas estarem nas ruas, os conflitos familiares ainda aparecem entre as explicações mais comuns.".


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (D)