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ID
3437317
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Campinas - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Profissional foi encarregado de realizar o diagnóstico de uma organização, especificamente no que se refere aos ritos e mitos organizacionais e às configurações de poder.


Nesse caso, ele deve concentrar o foco de sua análise

Alternativas
Comentários
  • De acordo com Fleury (1987), nos últimos anos, os trabalhos sobre o campo simbólico têm-se multiplicado nas mais diversas áreas do conhecimento, assumindo importância crescente inclusive na administração.
    Na perspectiva mais comumente adotada, a cultura é pensada como um sistema de representações simbólicas que expressam formas comuns de apreender o mundo, possibilitando a comunicação entre os membros de um grupo.
    Este conceito, a nosso ver, precisaria ser mais trabalhado em termos das múltiplas significações do universo simbólico e suas relações com outras instâncias da prática social, remetendo ainda às questões das relações de poder internas e externas às organizações.
    Ao mediar relações e práticas sociais, o campo do simbólico se afigura como uma das instâncias fundamentais para definição das relações de trabalho. As outras instâncias responsáveis pela determinação dos padrões de relações de trabalho seriam: 
    • a instância política - que confere à relação o seu marco estrutural, situando-a no jogo das forças políticas e econômicas da sociedade;
    • a instância da organização do processo de trabalho na qual a tecnologia e as formas de gestão do processo produtivo definem as relações de trabalho;
    • a instância das políticas de recursos humanos - que mediatizam os termos da relação entre capital e trabalho. 
    A incorporação desta dimensão simbólica prende-se à ideia de procurar desvendar o significado de certas estórias, mitos, rituais, de certos comportamentos e artefatos que perpassam a vida da organização. 

    FLEURY, Maria Tereza Leme. Estórias, mitos, heróis: cultura organizacional e relações do trabalho. Rev. adm. empres.,  São Paulo ,  v. 27, n. 4, p. 7-18,  Dec.  1987.

    GABARITO: A
  • Considerando-se o modelo de análise cultural de Schein (1985, 2010) as configurações de poder organizacional comporiam o nível dos artefatos e criações, que consiste na arquitetura física e social e nos padrões manifestos de comportamento. No modelo proposto, esse nível tem correspondência com os aspectos visíveis das configurações de poder - se o poder é autocrático; se é dos influenciadores externos; se o poder é da ideologia; se é dos especialistas; se o poder é da própria organização caracterizada por autonomia; ou se o poder está dividido entre várias coalizões e pessoas que estão dentro e fora da organização, caracterizando uma arena política que possibilita crises na organização. Cada configuração, na realidade, retrata padrões culturais que revelam diferentes concepções de poder, à exceção da Arena Política.

    http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-66572014000200003