SóProvas


ID
3459808
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.


Escolas fazem diferença?


        As matérias são ministradas em inglês, e a mensalidade pode chegar a R$ 10 mil. Estamos falando de uma das novas escolas internacionais que se instalaram em São Paulo. Ela se soma a vários colégios bilíngues e a outros mais tradicionais na cada dia mais acirrada disputa pelo público endinheirado.
         Vale a pena gastar tanto com educação? O que a escola agrega ao conhecimento do aluno? Essas são questões que vêm despertando o interesse de pesquisadores desde os anos 60, quando James Coleman mostrou que a extração familiar e a condição socioeconômica do estudante eram fatores mais importantes para explicar seu desempenho acadêmico do que variáveis mais específicas como a qualidade dos professores, investimento por aluno etc.
       Isso já explica parte do segredo do sucesso das escolas de elite: elas são boas porque recrutam alunos mais ricos, que tendem a sair-se melhor do que a média dos estudantes. E o que acontece quando você põe um desses alunos de elite numa escola normal? Seu desempenho piora?
      Essa é uma pergunta mais traiçoeira, já que depende muito do tipo de estudante de que estamos falando e da escola.
        De todo modo, um belo trabalho de 2011 de Atila Abdulkadiroglu mostrou que, ao menos no caso de bons alunos, a escola não faz diferença. Ele comparou o desempenho de alunos que conseguiram entrar nas concorridíssimas “exam schools” de Nova York e Boston com o daqueles que por muito pouco não passaram e tiveram de contentar-se em estudar em colégios normais. No final, os dois grupos se saíram igualmente bem no SAT, o Enem dos EUA.
         Escolas, vale lembrar, atuam numa via de mão dupla. Elas dão conhecimento aos alunos, mas também extraem algo deles: a sua excelência.


(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)

Considere as frases:


• ... questões que vêm despertando o interesse de pesquisadores... (2º parágrafo)

• ... elas são boas porque recrutam alunos mais ricos... (3º parágrafo)

• Elas dão conhecimento aos alunos... (último parágrafo)


A substituição das expressões em destaque por pronomes está correta, conforme a norma-padrão da língua portuguesa, respectivamente, em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? ... questões que vêm despertando o interesse de pesquisadores... (2º parágrafo) ? despertando-lhes o interesse/despertando-os o interesse; o correto é o uso de "lhes" com função sintática de adjunto adnominal (interesse DELES).

    ? ... elas são boas porque recrutam alunos mais ricos... (3º parágrafo) ? os recrutam/lhes recrutam; recrutam alguém (=não poderia ser usado o "lhes", visto que o verbo é transitivo direto e o pronome oblíquo átono "lhe" e sua variação não pode ser usado como objeto direto, como um complemento verbal sem preposição).

    ? Elas dão conhecimento aos alunos... (último parágrafo) ? lhes dão conhecimento/os dão conhecimento; dão algo a alguém (=o correto é "lhes" equivalendo a "a eles", função sintática de objeto indireto, equivale a um complemento verbal preposicionado).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva D

    despertando-lhes o interesse; os recrutam; lhes dão conhecimento.

  • Letra D

    • ... questões que vêm despertando o interesse de pesquisadores... (2º parágrafo)

    -> Precedido de preposição "de" e no plural -> Utiliza o "lhes"

    • ... elas são boas porque recrutam alunos mais ricos... (3º parágrafo)

    -> Sem preposição e masculino no plural -> Utiliza o "os"

    • Elas dão conhecimento aos alunos... (último parágrafo)

    -> Precedido de preposição "a" e no plural -> Utiliza o "lhes"

    "Que a Força esteja com você!" - Yoda

  • Quem desperta, desperta alguma coisa em alguém

    Quem dá conhecimento, dá conhecimento a alguém.