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O texto refere-se à guerra comercial entre EUA e China. A pressão a que o texto faz referência tem o intuito de barrar investimentos de empresas TECNOLÓGICAS chinesas no Brasil, daí o uso da expressão “guerra fria”.
"As empresas chinesas de telecomunicações estão participando ativamente da cooperação de cidades inteligentes e seguras, governança eletrônica e comércio eletrônico no Nordeste", disse à Folha a cônsul da China no Recife, Yan Yuqing. "Estamos dispostos a contribuir para o desenvolvimento da tecnologia de informação no Brasil sob o ", afirma ela, em referência ao maior projeto do governo chinês para ter acesso a mercados internacionais por meio de obras de infraestrutura.
Os EUA tentam convencer o presidente Bolsonaro a seguir países como Austrália, Nova Zelândia e Taiwan, que vetaram investimentos e produtos de empresas chinesas para contratos públicos, fornecedores do governo ou qualquer um que receba empréstimo do governo.
Em visita ao Brasil no início de agosto, o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, alertou, em entrevista ao jornal Valor Econômico, para o perigo de comprar tecnologias sensíveis como produtos para a rede 5G de certos países. Também afirmou que a China obriga suas empresas a cooperarem com serviços militares e de inteligência do Estado.
Em resposta, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, afirmou que esses comentários visam a "lançar calúnias sobre produtos chineses, alegando riscos de segurança, e a atrapalhar a cooperação econômica e comercial normal entre a China e os demais países do mundo".
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/08nordeste-vira-palco-de-guerra-fria--tecnologica-entre-eua-e-china.shtml?origin=folha
A Guerra Fria "original" ocorreu após a fim da 2ª Guerra Mundial e teve fim com a dissolução da União Soviética. Ela leva o nome por não ter havido conflito armado entre as duas potências da época, que disputavam a hegemonia global e influência sobre outros países: de um lado estava a União Soviética, de outro os Estados Unidos. Apesar de "fria", a guerra era uma disputa constante de poderio bélico, com exibição de capacidade de destruição, inclusive com armas nucleares. A disputa atual não tem a característica de iminência de um conflito armado. Afinal, a maioria dos países já percebeu ao longo da história que isso não é benéfico para ninguém. A Guerra Fria 2.0 envolve uma disputa de poder econômico, com tentativas de dificultar a evolução do oponente também no desenvolvimento de novas tecnologias e inteligência artificial.
Fonte: https://economia.uol.com.br/colunas/econoweek