Para
resolver de forma mais eficaz uma questão sobre significação de uma palavra
que, comparada ao significado de outra deve expressar o sentido aposto,
precisamos adotar duas estratégias de análise:
(I)
Identificar o significado da palavra isoladamente, por meio do conhecimento
prévio;
(II)
Resgatar o fragmento do texto no qual o termo em análise está presente para
verificar se o contexto interfere na sua significação lexical (aquela
identificada por meio da junção de suas partes, ou morfemas).
(III)
Verificar, entre as opções, quais delas trazem a palavra antônima, a qual
expressa justamente o significado contrário ao da palavra em análise.
Aplicando as estratégias anteriormente
mencionadas, reconhecemos que “integral”, segundo o que conhecemos pela rotina
de uso, significa “pleno”, “completo”. Vejamos como esse termo é desenvolvido
no fragmento em que aparece no texto de origem, para confirmarmos esse sentido
mais geral:
Fragmento:
“Dizem os sábios que a felicidade integral que
vivemos ao submetermo-nos aos padrões de uma cultura autoritária não é
felicidade e sim ilusão e máscara”.
Se a “felicidade integral” que vivemos é ilusão e
máscara, logo não vivemos esse tipo de felicidade, contínuo, presente
constantemente em nossas vidas. Essa informação, inclusive, é confirmada no
último parágrafo, no qual se defende que não vivemos a felicidade plena
(integral), somente conseguimos nos aproximar dela, caso saibamos usar a nossa
liberdade de escolha entre imposições culturais e necessidades pessoais.
Logo, qualquer palavra que expresse o contrário de
“pleno”, “absoluto” será considerada antônima de “integral”. Nesse sentido, a palavra
que significar algo relativo inacabado ou parcial constituirá resposta da
questão.
Vejamos as opções:
A)
inconcebível.
ERRADA.
“Inconcebível” é aquilo que não se pode conceber, aceitar ou
desenvolver. Assim, não há relação com o que não é “integral”. O prefixo -IN significa
negação, e não parte.
B)
absoluta.
ERRADA.
“absoluta”
apresenta o mesmo sentido de “integral”, logo é considerada palavra sinônima a
esta, e não antônima.
C) insistente.
ERRADA.
Uma
pessoa insistente é aquela que repete certas ações ou comportamentos, persiste
em certos atos. Assim, a “insistência” não tem relação com o que é “integral”,
mas sim com o que é repetitivo.
D) frequente.
ERRADA.
“frequente”
é uma das palavras que se aplica ao mesmo campo de significações da palavra “insistente”,
presente na letra C. Isso porque o que é frequente é também constante, rotineiro,
daí o valor de “repetitivo”.
E) incompleta.
CORRETA.
Como “integral” é relativo a absoluto, completo, o seu
antônimo será o oposto disso, ou seja, aquilo que se reconhece como “incompleto
(a)”. Observe que o prefixo -IN, nesse caso, apresenta a negação que recai
sobre a palavra “completo”, colaborando para a construção do antônimo.
Resposta: E