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ID
3486634
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - PR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com base na Lei n.º 8.429/1992, julgue o item.


O Ministério Público intervirá nas ações de improbidade ainda quando o próprio órgão a houver ajuizado.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Errado

     

    Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.

    § 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.

     

    Ou seja, o MP só intervirá na ação como fiscal da lei (custos legis) CASO ele próprio não tenha ajuizado a ação. Reparem que uma condição exclui a outra, não podendo, assim, ser o Parquet titular da ação e fiscal simultaneamente. 

  • Gab. ERRADO

    Ou uma coisa ou outra.

    Se não INTERVIER como PARTE, será obrigatoriamente o FISCAL DA LEI, a teor o art. 17, parágrafo 4º, da Lei 8.429/1992:

    Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

    § 4º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.

  • A questão requer conhecimento da Lei nº 8429/92, também chamada de Lei de Improbidade Administrativa (LIA).

    O art. 17, caput, da LIA, dispõe que “a ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar”. O parágrafo 4º, do mesmo artigo, dispõe que “§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade”.

    Ora, temos dois cenários possíveis: (1) Ministério Público propõe a ação (logo, é parte) ou (2) a entidade lesada propõe a ação, e o Ministério Público é obrigado a atuar como fiscal da lei, sob pena de nulidade (por expressa disposição legal). O que nos leva a concluir que o Ministério Público sempre estará presente na ação civil pública de improbidade administrativa, seja como autor ou como fiscal da ordem jurídica.

    Em outras palavras, não é necessária a intervenção do Ministério Público quando ele for o autor da ação de improbidade administrativa. Logo, a assertiva está errada.

    DICA: lembrar que natureza da ação de improbidade é cível, bem como que as instâncias são independentes, podendo o agente ser condenado nas três esferas: cível, administrativa e penal - art. 12, da LIA.

    Gabarito: Errado.

  • (E)

    Outra questão também errada da mesma banca que ajuda a responder:

    Ano: 2019 Banca: QUADRIX Órgão: CRB Prova: Quadrix

    Com base na Lei n.º 8.429/1992, julgue o item.

    A intervenção do Ministério Público, ainda quando seja ele o autor da ação de improbidade, é obrigatória.(E)

  • Fazendo apenas um esclarecimento pertinente ao comentário da colega Isabela Raya.

    PARQUET/ PRETÓRIO EXCELSO: nomes utilizados para se referir ao STF.

    Em suma, é isso.

  • Caro Danilo, o comentário da colega Isabela Raya está correto, parquet refere-se ao Ministério Público. O termo surgiu na França tendo em vista que os membros do Ministério Público e Advogados do rei não ficavam sobre o mesmo assoalho/estrado/piso que os juízes. Com isso, o local designado para os membros do Ministério Público passou a ser conhecido como "procurereurs au parquet". Pretório Excelso, de fato, refere-se ao Supremo Tribunal Federal.

    Mais sobre a nomenclatura: migalhas.com.br/depeso/60782/ministerio-publico-breve-esboco

  • A intervenção do MP nas ações de improbidade administrativa só é obrigatória quando ele atuar como fiscal da lei.

  • GABARITO: ERRADO

    Art. 16. § 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.

  • Temos dois cenários possíveis: (1) Ministério Público propõe a ação (logo, é parte) ou (2) a entidade lesada propõe a ação, e o Ministério Público é obrigado a atuar como fiscal da lei, sob pena de nulidade (por expressa disposição legal). O que nos leva a concluir que o Ministério Público sempre estará presente na ação civil pública de improbidade administrativa, seja como autor ou como fiscal da ordem jurídica.

  • A presente questão trata do tema Improbidade Administrativa, disciplinado na Lei n. 8.429/1992.

    Em linhas gerais, a norma dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário , atos que atentam contra os princípios da Administração Pública , bem como qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao disposto no § 1º, art. 8º-A da Lei Complementar 116/2003 , no exercício do mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional.


    Para responder à questão trazida pela banca, necessário conhecer o teor do art. 17, § 4º da lei 8.429/92 . Vejamos:

    “Art. 17. A ação principal , que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada , dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

    (...)

    § 3o  No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no  § 3º do art. 6º da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965 .         

    § 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade ".


    Pela leitura do dispositivo, concluímos que a legitimidade ativa na ação de improbidade é do Ministério Público ou da pessoa jurídica de direito público prejudicada pelo ato de improbidade. Trata-se, conforme ensina Guilherme Freira de Melo Barros, “de legitimidade extraordinária, concorrente e disjuntiva: extraordinária, pois atua na defesa de direito difuso, em nome da coletividade, que tem o direito de ser governada e administrada com probidade, por agentes que respeitem o ordenamento jurídico; concorrente e disjuntiva, já que ambos os entes (MP e pessoa jurídica de direito público) podem ingressar em juízo de modo independente".

    Sendo assim, ao propor a demanda, o Ministério Público é parte no processo, ocasião em que atuará na condição de Autor. Contudo, ajuizada a demanda pela pessoa jurídica de direito público, obrigatoriamente, atuará o MP como fiscal da ordem jurídica, na condição de custos legis.




    Pelo exposto, incorreta a assertiva apresentada pela banca, pois quando o próprio órgão ministerial ajuizar a ação de improbidade, não caberá a sua intervenção, eis que já está atuando nos autos na condição de parte.




    Gabarito da banca e do professor : ERRADO

    (Barros. Guilherme Freira de Melo. Poder Público em Juízo para concursos / Guilherme Freire de Melo Barros – 10. ed., ver., atual. e ampl. – Salvador: JusPODIVM, 2020)

  • GABARITO ERRADO

    LEI Nº 8.429: Art. 17, § 4º - O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.

    "A repetição com correção até a exaustão leva a perfeição". 

  • Ora, se ele ajuizou qual sentido faria ele ser obrigado a participar de algo que já faz parte!

  • Ou ele atua como parte, OU como fiscal da lei.

  • → SE ELE É O AUTOR, NÃO PRECISARÁ INTERVIR

    → SE ELE NÃO É O AUTOR, PRECISARÁ INTERVIR

  • Acredito que a Quadrix considera INTERVENÇÃO como sendo uma coisa, e ATUAÇÃO como sendo outra.

    Quando cita INTERVENÇÃO, o MP não tem obrigatoriedade; quando cita ATUAÇÃO, o MP tem obrigatoriedade.

  • macete!

    • dois não na mesma frase é errado! (não autor, não intervém)
    • dois sim na mesma frase é errado! (sim, autor, sim, intervém)
    • CORRETO: sim e não na mesma frase (como o comentário de Diiaz|APF)

    → SE ELE É O AUTOR, NÃO PRECISARÁ INTERVIR

    → SE ELE NÃO É O AUTOR, PRECISARÁ INTERVIR