SóProvas


ID
3493840
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Piracicaba - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Além de ser a autora do quadro Abaporu (1928), a pintora Tarsila do Amaral (1886-1973) foi uma mulher à frente do seu tempo também no amor, ao contrário das várias jovens que mantinham casamentos a contragosto. Ao longo da vida, Tarsila, que atraiu olhares por sua beleza e vestuário ousado, teve quatro grandes relacionamentos – reprovados por seus irmãos. Seus pais, no entanto, ficavam do seu lado. Ela foi destemida.

      Seu primeiro marido era primo de sua mãe. Desníveis culturais e traições fariam a pintora paulista pedir o fim do enlace. Foi uma tensão muito grande, porque envolvia alguém do seu núcleo mais próximo.

     

Seu segundo amor foi o escritor Oswald de Andrade (1890-1954), um dos líderes dos modernistas, que a acompanharia em uma das fases mais profícuas, compreendida entre a metade dos anos 20 e o começo dos 30. Apesar do “vanguardismo” de ambos, eles mantinham discrição sobre o relacionamento. Nas cartas que trocavam quando ela estava em Paris, usavam pseudônimos. Somente se sentiriam libertos quando Tarsila conseguiu a anulação de seu primeiro casamento.

      A parceria intelectual e o carinho que emanavam do casal ilustre, no entanto, acabaram mal. Oswald traiu Tarsila com Pagu, pseudônimo da jornalista e poeta Patrícia Galvão (1910-1962). “Ela ficou tão furiosa que não deixou o Oswald entrar em casa para buscar suas coisas”, conta a sobrinha- -neta da pintora, Tarsilinha, que soube dos bastidores por familiares.

      Com a queda da bolsa de Nova York em 1929, a crise da pintora ganhou mais um elemento: sua família perdera a fortuna. Sua reação, inesperada, foi entender o novo cenário que se apresentava. Assim, em 1931, viajou para o Leste Europeu com seu novo parceiro, o psiquiatra paraibano Osório César (1895-1979), retornando ao Brasil em 1932. Antes de se afastar dele, pinta o quadro Operários (1933).

      Seu último relacionamento foi com o carioca Luís Martins (1907-1981). Vinte anos mais jovem, o jornalista, cronista e crítico de arte vai ser seu companheiro por cerca de dezoito anos. A felicidade duradoura não vai conseguir eliminar a preocupação acerca da diferença de idade entre os dois. Tarsila se sentia culpada por não poder compartilhar com Martins o sonho de ter filhos.

      O enredo chega ao fim, mais uma vez, com uma traição. Martins deixa a pintora para se casar com a sua prima Anna Maria Martins. Esta, depois de algum tempo, vai pedir perdão e conta que desistiu de Luís. Tarsila, generosa que era, a perdoa e a aconselha a não desistir da sua felicidade. As duas choram e se abraçam.

(Tatiane de Assis, Os quatro grandes amores da pintora Tarsila do Amaral. Revista Veja, 15.04.2019. Acesso em 19.08.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a pontuação está empregada de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

     a) Nas cartas que trocaram, eles usaram pseudônimos mas, somente se sentiram libertos, quando Tarsila conseguiu, a anulação de seu primeiro casamento → incorreto. Vírgula separando de foma indevida o objeto direto do verbo.

     b) Com a queda da bolsa de Nova York, em 1929, a pintora, enfrentou mais um problema visto que, sua família perdeu a fortuna → incorreto. Vírgula separando de foma indevida o sujeito de seu verbo.

     c) Em uma das fases mais profícuas da pintora, seu segundo amor acompanhou-a, embora fosse preciso manter a discrição → correto, aposto separado por vírgula e logo após uma oração subordinada adverbial concessiva (em ambos usos a vírgula está correta).

     d) O último relacionamento de Tarsila do Amaral, foi com o jornalista Luís Martins, que a deixava muito preocupada por causa da diferença de idade dos dois → incorreto. Vírgula separando de foma indevida o sujeito de seu verbo.

     e) A pintora foi abandonada, por Martins que, depois de algum tempo, se casou com sua prima → incorreto. Vírgula separando de foma indevida o agente da passiva.

    ☛ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Gab (c)

    Complemento:

    A) I) A vírgula deve ser usada antes do mas.

    II) não separamos verbos dos seus complementos.

    Tarsila conseguiu( ,)

    B) Não separamos sujeito do verbo por vírgulas.

    A pintora (,) enfrentou.

    .D) Novamente perceba que não podemos separar sujeito do verbo por vírgulas..

    Tarsila (,) foi..

    E) Não separamos verbos de seus complementos.. foi abandonada (,)

    II) perceba que a vírgula deveria vir antes do que.( pronome relativo) introduzindo oração adjetiva explicativa.

    Sucesso, bons estudos não desista!

  • Arthur colocou a explicação certa, porém o Gab. errado....

    Gabarito correto letra C

  • Pessoal, este "mas" da letra "A" não deveria estar após a vírgula?