SóProvas


ID
3499375
Banca
Instituto UniFil
Órgão
Câmara de Jataizinho - PR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os relatos de medo, dor e surpresa em Brumadinho

Moradores dizem que sirenes de alerta não tocaram

Por Bárbara Ferreira e Camila Bastos


      Para quem mora em Brumadinho (MG), na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a última sexta-feira do mês de janeiro trouxe uma tragédia que pode superar em número de vítimas o desastre de Mariana, na região central do estado, há três anos. Testemunhas descrevem o momento do rompimento da Barragem 01, da Mina do Feijão, falam do medo de não rever familiares e conhecidos, e dizem que as sirenes de alerta não tocaram no momento da ruptura da barragem. Até a noite desta sexta-feira, o governo de Minas havia confirmado o resgaste de sete corpos e cerca de 150 desaparecidos em Brumadinho.

      O técnico de eletromecânica Maicon Vitor, de 22 anos, viu a destruição chegar assim que saiu do refeitório da empresa. Ele havia acabado de almoçar e seguia para o vestiário quando ouviu a barragem romper.

      — Desceu arrastando oficinas, escritórios, o refeitório tudo que estava na frente foi embora – disse ele, que deixou para trás 14 amigos e a mãe, motorista da mina. 

      Maicon contou como escapou para a rota de fuga – estabelecida pela Vale e ensinada em treinamentos – com outros cerca de 40 funcionários.

      — Depois que a barragem desceu, eu e mais dois voltamos para ajudar no resgaste – disse ele.

      Além de auxiliar no salvamento de duas mulheres, eles também retiraram dos escombros o corpo de um motorista da empresa.

      O bombeiro civil D. resume como um “cenário de completa destruição” o que encontrou ao chegar ao local. Ele, que preferiu não se identificar, diz que foi uma das primeiras pessoas a acessar a área da mineradora.

      — Não ouvi a sirene tocar. Logo que cheguei, sabia que havia muitos mortos. Conseguia ver partes dos corpos. Havia poucas pessoas no local e logo o resgate começou a chegar. Era um completo caos. Desde o início eu sabia que sobreviventes seriam poucos — relatou D.

      A falha no equipamento de segurança também foi relatada por Maicon Vitor, que ouviu o barulho da tragédia, mas garante o silêncio das sirenes. Mesmo atônito com a situação, ele permaneceu no local para auxiliar nas buscas.

      — Todo mundo que não foi soterrado permaneceu aqui. Estamos esperando informações — disse ele.

      [...]

Disponível em https://oglobo.globo.com/brasil/os-relatos-de-medo-dor-surpresa-em-brumadinho-23404274 

Analise: “Havia poucas pessoas no local e logo o resgate começou a chegar.” E assinale qual termo pode substituir o termo em destaque sem que haja perda do sentido.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO DA BANCA: LETRA C

    Havia poucas pessoas no local e logo o resgate começou a chegar.”

    A meu ver, deveria ser letra "d":

     a) Haviam → incorreto, visto que o verbo "haver" está sendo usado como impessoal, logo, não pode ser flexionado.
     b) Tinham → conforme a norma-padrão, o verbo "ter" não pode ser usado no lugar do verbo "haver", logo, incorreto.
     c) Tinha → incorreto, vide letra "b".
     d) Existiam → essa deveria ser a resposta, o verbo "existir" é pessoal, possui o mesmo sentido do "haver" original e está flexionado no plural para concordar com o sujeito posposto "poucas pessoas".

    ☛ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Ao meu ver, de acordo com a norma culta da Língua Portuguesa, o correto seria a letra D, pois conforme apontado pelo colega Arthur Carvalho "o verbo "existir" é pessoal, possui o mesmo sentido do "haver" original e está flexionado no plural para concordar com o sujeito posposto "poucas pessoas".

  • A questão exige conhecimento sobre a concordância verbal. Devemos julgar qual alternativa faz a devida substituição pelo verbo "haver" da frase. Vejamos:

    “Havia poucas pessoas no local e logo o resgate começou a chegar.”

    a) Incorreta.

    "Haviam"

    O verbo na frase foi empregado com o sentido de existir, sendo assim ele não tem sujeito e permanece na terceira pessoa do singular.

    b) Incorreta.

    "Tinham."

    O verbo "haver" e o verbo "ter" não são intercambiáveis, ou seja, é incorreta a troca.

    c) *Correta.

    "Tinha."

    Segundo o entendimento da banca essa é a alternativa correta, contudo é incompatível com a norma-padrão, visto que o verbo "haver" e o verbo "ter" não são permutáveis entre si.

    d) *Incorreta.

    "Existiam."

    O verbo "haver" com sentido de "existir" pode ser trocado por esse mesmo verbo e quando isso ocorrer o termo que estava servindo de objeto direto do verbo "haver" passa a ser o sujeito do verbo "existir".

    Existiam poucas pessoas

    Poucas pessoas existiam.

    Essa alternativa deveria ser a correta, contudo não foi o que aconteceu.

    GABARITO DA BANCA: C

    GABARITO DO MONITOR: D.

  • Se não houvesse "existiam" entre as alternativas, ainda poderíamos aceitar (embora questionável); com "existiam" entre as alternativas, esse gabarito é simplesmente um absurdo.