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ID
3503968
Banca
FEPESE
Órgão
CIS-AMURES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto.


Eu te amo, bicho.


Qual é o melhor amigo do homem? Apesar de o ditado popular ter consagrado o cachorro como dono desse título, esse é o tipo de questão que depende da preferência de cada um. Mas, quando falamos do nosso amigo mais antigo, não cabe discussão: o primeiro animal a ser domesticado foi mesmo o cão. Ou, para ser mais preciso, um ancestral comum dos lobos e cachorros atuais. A relação começou na pré-história, há cerca de 30 mil anos, em diferentes partes do mundo – como China, Europa e América do Norte. Era uma troca: os cachorros ganhavam comida e os humanos, proteção. Com o tempo, o vínculo se aprofundou e se estendeu às várias outras espécies de animais de estimação.


Hoje, no Brasil, é mais comum ter bichos do que filhos. De cada 100 famílias, 62 abrigam algum animalzinho, enquanto só 36 têm crianças, segundo os dados mais recentes do IBGE, de 2013. E essa relação traz uma série de benefícios para o corpo e a mente: “O convívio com animais produz um efeito contra o estresse, fortalece o sistema imunológico e aumenta as chances de sobrevida para quem tem problemas cardíacos. Além disso, eleva as possibilidades de interação social”, explica a pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Carine Redígolo, estudiosa do comportamento animal.


A ligação entre os humanos e os bichos é tão poderosa que chega a interferir nos nossos hormônios. Pesquisadores da Universidade de Azabu, no Japão, descobriram que basta uma simples troca de olhares entre o cão e o dono para aumentar o nível da ocitocina – a substância que ajuda a formar os laços entre mães e filhos.


Se você gosta de animais, conhece na prática essas descobertas da ciência. Interagir com essas criaturas amorosas enche nossa rotina de alegria, das mais variadas formas.


Revista Todos – A vida é feita de histórias. Qual é a sua?

– Outubro/Novembro, p.14.

Assinale a alternativa cuja colocação pronominal está correta.

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: B

    A) Me perdoe pelo incômodo que provoquei → INCORRETO. Não se pode começar frase com pronome oblíquo átono, o correto é a ênclise (=perdoe-me).

    B) Jamais se deve negligenciar uma tarefa dada → CORRETO. Advérbio de tempo "jamais" sendo fator de atração do pronome oblíquo átono, fator de próclise.

    C) A negligência que nota-se hoje em determinadas áreas advém da falta de profissionalismo → INCORRETO. Pronome relativo "que" sendo fator de atração do pronome oblíquo átono, fator de próclise (=que se nota).

    D) Ninguém ajudou-nos na aplicação da técnica solicitada → INCORRETO. Pronome indefinido "ninguém" sendo fator de atração do pronome oblíquo átono, fator de próclise (=ninguém nos ajudou).

    E) Eles não impuseram-lhe a digitação daquele texto → INCORRETO. Advérbio de negação "não" sendo fator de atração do pronome oblíquo átono, fator de próclise (=não lhe impuseram).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • GABARITO: B

    Sempre preste atenção nas palavras que atraem a próclise (pronome antes do verbo). Para não confundir com a ênclise (pronome vem depois do verbo), pense que quando for Próclise, o pronome deve vir Primeiro e a Ênclise vem em sEgundo.

    Ademais, são palavras que atraem a próclise:

    > Advérbios, pronomes indefinidos, demonstrativos e relativos; conjunção subordinativa; frases exclamativas e interrogativas; expressão de desejo; verbo no gerúndio precedido de outra oração.

    *Lembrando que jamais se inicia oração com pronomes oblíquos.

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não pode desistir.

  • Assertiva b

    Jamais se deve negligenciar uma tarefa dada.

  • A questão exige conhecimento de colocação pronominal e quer saber qual alternativa faz uso correto da norma-padrão.

    A colocação pronominal diz respeito à utilização dos pronomes oblíquos e é classificado quanto a sua posição. Vejamos:

    Próclise é o nome que se dá à colocação pronominal antes do verbo

    Ênclise é o nome que se dá à colocação pronominal depois do verbo; ela é normalmente usada quando não há fator de próclise.

    Mesóclise é o nome que se dá à colocação pronominal no meio do verbo.

    Após essa breve explanação podemos analisar as alternativas

    a) Me perdoe pelo incômodo que provoquei.

    Incorreta. Não se usa pronome oblíquo em começo de frase.

    Forma correta: Perdoe-me...

    b) Jamais se deve negligenciar uma tarefa dada.

    Correta. O pronome oblíquo está antes do verbo, pois palavra negativa (jamais) está atraindo o pronome para trás do verbo.

    c) A negligência que nota-se hoje em determinadas áreas advém da falta de profissionalismo.

    Incorreta. O pronome relativo "que" atrai o pronome obrigatoriamente para trás do verbo.

    Forma correta: A negligência que se nota...

    d) Ninguém ajudou-nos na aplicação da técnica solicitada.

    Incorreta. O pronome indefinido "ninguém" atrai o pronome para trás do verbo.

    Forma correta: Ninguém nos ajudou...

    e) Eles não impuseram-lhe a digitação daquele texto.

    Incorreta. A palavra negativa "não" atrai o pronome para trás do verbo.

    Forma correta: Eles não lhe impuseram

    GABARITO B

  •  

    PRÓCLISE OBRIGATÓRIA (impede a possibilidade de ênclise e mesóclise)

    1    Palavras que trazem consigo negação: não, ninguém, nunca, jamais, nem - Não me olhou.

    2    Pronomes indefinidos - Alguém me olhou.

    3    Frases interrogativas – Quem me perguntou?

    4    Advérbios – Aqui se encontrou o corpo ≠ Aqui, encontrou-se o corpo (o advérbio atrai o pronome e obriga a próclise desde que não haja vírgula, que nesse caso é facultativa)

    5    Conectivos subordinativos – Quando me olhou, eu saí.

    6    “ em se tratando” essa expressão sempre tem próclise.

     

     

     

    A função do SE não se altera com a mudança de posição entre as duas palavras, pois não há termo atrativo de próclise, nem alguma regra que o impeça de mudar de posição. 

    Ex.: Não se esqueça de mim.

     

    não se pode admitir -           Certo

    não pode-se admitir -          Errado

    não pode SE admitir -            Certo

    não   pode admitir-se –       Certo

     

    A próclise do pronome no referido contexto seria adequada, haja vista a presença da conjunção aditiva “e”, que constitui fator de atração de pronomes oblíquos átonos.

  • Só uma observação irrelevante ao tema abordado pela questão, porém se fez necessário na minha concepção.

    "A negligência que se nota hoje em determinadas áreas advém da falta de profissionalismo." O pron. relativo destacado desempenha a função sintática de sujeito paciente, pois, na oração adjetiva restritiva, há voz passiva sintética.