- ID
- 3510019
- Banca
- INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO
- Órgão
- Prefeitura de Massapê - CE
- Ano
- 2019
- Provas
-
- INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO - 2019 - Prefeitura de Massapê - CE - Analista Jurídico Administrativo
- INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO - 2019 - Prefeitura de Massapê - CE - Assistente Social
- INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO - 2019 - Prefeitura de Massapê - CE - Contador
- INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO - 2019 - Prefeitura de Massapê - CE - Enfermeiro
- INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO - 2019 - Prefeitura de Massapê - CE - Engenheiro Civil
- INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO - 2019 - Prefeitura de Massapê - CE - Farmacêutico
- INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO - 2019 - Prefeitura de Massapê - CE - Médico - Veterinário
- INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO - 2019 - Prefeitura de Massapê - CE - Nutricionista
- INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO - 2019 - Prefeitura de Massapê - CE - Pedagogo
- INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO - 2019 - Prefeitura de Massapê - CE - Procurador
- INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO - 2019 - Prefeitura de Massapê - CE - Professor - Geografia
- INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO - 2019 - Prefeitura de Massapê - CE - Professor - História
- INSTITUTO PRÓ-
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Leia o texto de Carlos Drummond de Andrade para responder à questão.
O Furto da Flor
Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.
Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.
Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem.
Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer.
Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento repreendeu-me:
– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!
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Analise as afirmativas acerca do texto:
I. O narrador-personagem, não satisfeito em observar a beleza da flor no habitat original, leva-a para casa e tenta
conservá-la, no entanto, ao perceber que não conseguira, resolve, como forma de dirimir sua culpa, devolvê-la à
natureza;
II. No texto há predomínio de sequências dissertativas, uma vez que traz várias reflexões a serem feitas pelo leitor;
III. “Nem apelar para o médico de flores.” O elemento coesivo “nem” tem valor semântico de adição;
IV. O porteiro, no final do conto, mostra que percebeu o furto da flor e repreende o narrador-personagem pelo ato cometido por ele.
Estão corretas: