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ID
3515056
Banca
CETAP
Órgão
Prefeitura de São Miguel do Guamá - PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Por mais qualidade na política.

   Os brasileiros levaram um choque de vergonha alheia assistindo à sessão plenária da Câmara Federal que aprovou o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, na semana passada. Cada um dos 511 parlamentares que votaram tinha 30 segundos para justificar o seu voto, mas a maioria ultrapassou o tempo regimental para homenagear familiares e conterrâneos, para fazer média com suas bases eleitorais ou para usar o nome de Deus em vão. O festival de frivolidades provocou nos eleitores mais lúcidos um misto de constrangimento e consciência de que é preciso encontrar um caminho para a qualificação da representação política em nosso país.
   Como? Reforma do sistema eleitoral é sempre a primeira sugestão dos estudiosos do tema, mas os projetos nesse sentido costumam esbarrar na resistência dos legisladores em mexer nos próprios privilégios. Todos sabem que temos excesso de partidos políticos, que o sistema de eleição proporcional propicia verdadeiras aberrações, que o financiamento de campanhas é o gatilho da corrupção e que o voto distrital merece ser experimentado. Mas há mais pontos a atacar: o foro privilegiado não pode ser passaporte para a impunidade, a lei da ficha limpa tem que ser ampliada para dirigentes partidários, o instituto do recall também poderia ser introduzido na legislação brasileira para proporcionar maior poder ao eleitor de retirar o mandato de quem o trai. 
   Há, porém, um aspecto que não depende unicamente de mudanças na legislação. Os cidadãos têm que aprender a selecionar seus representantes por critérios mais rigorosos, informando-se sobre a carreira, os posicionamentos éticos e as ideias dos candidatos antes de chancelar seus nomes nas urnas. Atualmente, a tecnologia facilita esse tipo de pesquisa.
   Evidentemente, sempre há a possibilidade de alguém ter um comportamento exemplar como candidato e depois se deixar corromper. Por isso, a vigilância tem que ser constante e implacável. Os cidadãos podem - e devem - mover representações contra os políticos que desonram seus mandatos e acionar todos os mecanismos de pressão disponíveis para exigir que se corrijam.
   Se não nos transformarmos em fiscais de nossos representantes, continuaremos a passar por situações constrangedoras como a do último domingo.

Fonte: Zero Hora, 26/04/2016.

Em uma das alternativas, o sujeito da oração não antecede o predicado, identifique-a:

Alternativas
Comentários
  • Por vias travessas, pode-se reformular o enunciado: quer-se a estrutura em que o sujeito não esteja em ordem direta.

    a) "Todos sabem que temos excesso de partidos( ... )".

    Incorreto. O segmento em destaque é o sujeito e está em ordem direta;

    b) "O festival de frivolidades provocou nos eleitores mais lúcidos ( ... )".

    Incorreto. O segmento em destaque é o sujeito e está em ordem direta;

    c) "Reforma do sistema eleitoral é sempre a primeira sugestão dos estudiosos do tema,( ... )".

    Incorreto. O segmento em destaque é o sujeito e está em ordem direta;

    d) "Atualmente, a tecnologia facilita esse tipo de pesquisa."

    Incorreto. O segmento em destaque é o sujeito e está em ordem direta;

    e) "Evidentemente, sempre há a possibilidade de alguém( ... )".

    Correto. Aqui inexiste sujeito, visto se constar verbo “haver” no sentido de existência. Logo, ele não pode estar à frente do predicado.

    Letra E

  • ALTERNATIVA E)

    Em uma das alternativas, o sujeito da oração não antecede o predicado, identifique-a:

    Os termos destacados em azul são os sujeitos das orações.

    A) "Todos sabem que temos excesso de partidos( ... )". ordem direta

    B) "O festival de frivolidades provocou nos eleitores mais lúcidos ( ... )". ordem direta

    C) "Reforma do sistema eleitoral é sempre a primeira sugestão dos estudiosos do tema,( ... )". ordem direta

    D) "Atualmente, a tecnologia facilita esse tipo de pesquisa." ordem direta

    E) "Evidentemente, sempre a possibilidade de alguém( ... )" verbo impessoal sempre na 3º pessoa do singular não tem sujeito e nesse casso não tem como ele estar antecede o predicado.