Pleonasmo vicioso: pleonasmo consiste na repetição de um termo da oração ou do significado de uma expressão, isto é, alguma informação que é repetida desnecessariamente. Ex: entrar para dentro, sair para fora, elo de ligação, hemorragia de sangue...
Cacófato: Quando a pronúncia de palavras seguidas produz um som desagradável ou inapropriado. Ex: eu vi ela no parque - ao ler percebemos isso em eu "viela"...
Colisão: é um vício linguístico semelhante ao hiato onde ocorre a dissonância por meio da repetição de consoantes, por exemplo: O cultivo coletivo das comunidades camponesas.
Eco: consiste na terminação de duas ou mais palavras de um texto serem as mesmas. É considerado uma rima. Ex: A divulgação da promoção não causou comoção na população.
Sinteticamente, na definição de Napoleão Mendes de Almeida, os vícios de linguagem constituem palavras ou construções que deturpam, desvirtuam ou dificultam a manifestação do pensamento, seja pelo desconhecimento da norma culta, seja pelo descuido do emissor. Os principais são estes: barbarismo, anfibologia, cacofonia, eco, arcaísmo, vulgarismo, estrangeirismo, solecismo, obscuridade, hiato, colisão, neologismo, preciosismo, pleonasmo vicioso.
Inspecionemos o fragmento a seguir:
O Professor achava, desde a mocidade, que era preciso valorizar a maturidade.
Há repetição do sufixo sublinhado acima, o que causa eco na estrutura, um vício de linguagem.
a) Pleonasmo vicioso
Incorreto. Não há pleonasmo vicioso, que decorre da ignorância do falante. É involuntário e se traduz em usar termo dispensável à estrutura: elo de ligação, hemorragia de sangue, panorama geral, etc.;
b) Cacófato
Incorreto. Não há cacófato, vício proveniente do encontro de fonemas ou sílabas que gera som horríssono. Exs.: paguei por cada livro; vou-me já embora, etc.;
c) Colisão
Incorreto. É um desdobramento do cacófato. Consiste na aliteração (repetição de fonemas idênticos ou parecidos no início de várias palavras na mesma frase) de efeito acústico desagradável. Ex.: "Pede o Papa paz ao povo."
d) Eco
Correto. É um desdobramento do cacófato. Ex.: Modernamente, é preciso ter em mente que todo mundo mente.
Letra D