Na busca por uma tipologia capaz de agrupar as diferentes visões no campo e aproximá-las das pesquisas empreendidas na área das organizações, Whittington (2002) distingue quatro abordagens genéricas: a clássica, a evolucionária, a processualista e a sistêmica:
Na abordagem clássica, a estratégia "é o processo racional de cálculos e análises deliberadas, com o objetivo de maximizar a vantagem no longo prazo" (WHITTINGTON, 2002, p. 3). O mundo pode ser previsível e pode ser moldado desde que se ordenem as informações necessárias e tomem-se as decisões corretas por parte dos dirigentes no topo da organização. Dominar os ambientes internos e externos depende de um bom planejamento.
Os processualistas são céticos quanto ao planejamento de longo prazo e à implacabilidade do ambiente sobre a organização. Acreditam na capacidade dos gerentes, porém muito mais num processo pragmático de aprendizado e comprometimento e em experiências baseadas no acerto e no erro em razão da compreensão limitada dos processos nos quais a organização está imersa.
A abordagem sistêmica "propõe que os objetivos e as práticas da estratégia dependem do sistema social específico, no qual o processo de desenvolvimento da organização está inserido" (WHITTINGTON, 2002, p. 4-5).
As visões processualistas e sistêmicas apesar de muitos aspectos em comum, focam, verdadeiramente, nos extremos de uma linha imaginária entre ação (processualismo) e contexto/estrutura (sistemicismo), no âmbito da qual o esquema analítico a ser construído na tese se fundamentará. A seguir, aprofundam-se alguns aspectos relacionados com os conceitos de ambiente, processo e fazer estratégicos.
Fonte: https://administradores.com.br/artigos/estrategia-organizacional-diferentes-visoes