Segundo artigo escrito por Vanessa Barbosa para a revista Exame, publicado a 26 de abril de 2019, por volta de 600 cientistas europeus unidos a 300 grupos indígenas brasileiros uniram-se para denunciar a União Europeia como uma das culpadas pelo desmatamento e ameaça à Amazônia.
Foi publicada Carta Aberta na Revista Science, afirmando que a demanda por soja – para alimento de animais - minério de ferro e carne bovina tem aumentado de forma substancial o desmatamento da região para pastos, plantio e mineração.
A carta, além de criticar a postura do atual governo federal, que pouco faz para coibir e punir aqueles que ameaçam a floresta e seus povos, demanda que os Estados da União Europeia utilizem sua força econômica e política para garantir que impactos ambientais e violações de direitos humanos tornem-se uma prioridade nas negociações comerciais em curso entre o bloco e o Brasil.
Eis um trecho da carta, reproduzida no mesmo artigo acima citado :
“ a UE necessita urgentemente de reforçar os esforços em prol do comércio sustentável e de respeitar os seus compromissos em matéria de direitos humanos, proteção ambiental e atenuação das mudanças climáticas. Parar o desmatamento faz sentido econômico, já que as florestas intactas são críticas para manter os padrões de chuva dos quais a agricultura brasileira depende. A restauração de terras degradadas e a melhoria dos rendimentos poderiam atender à crescente demanda agrícola por pelo menos duas décadas, sem a necessidade de maior desmatamento.
Exortamos a UE a condicionar as negociações comerciais com o Brasil a: (i) manter a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas; (ii) melhorar os procedimentos para rastrear commodities associadas ao desmatamento e conflitos de direitos indígenas; e (iii) consultar e obter o consentimento dos Povos Indígenas e das comunidades locais para definir critérios estritamente sociais e ambientais para as commodities negociadas.
A UE foi fundada sobre os princípios do respeito pelos direitos humanos e pela dignidade humana. Hoje, tem a oportunidade de ser
um líder global no apoio a esses princípios e a um clima habitável, fazendo da sustentabilidade a pedra angular de suas negociações comerciais com o Brasil"
Pelo acima trabalhado, podemos inferir que a afirmativa é verdadeira
RESPOSTA: CERTO