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ID
3537661
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Extremamente manobráveis, as pirogas e outros barcos africanos eram a um só tempo rápidos e tinham capacidade para carregar até uma centena de guerreiros. Um primeiro alerta foi dado em 1446, advertindo os portugueses de Nuno Tristão do perigo que representavam as flotilhas da Senegâmbia. Sua expedição teve uma triste sina, e outras passaram pela mesma experiência, até que o rei de Portugal enviasse Diogo Gomes para negociar as condições de um entreposto no litoral. Ora, o Mali e seus vizinhos dominavam todo um sistema de rios e riachos em torno do Níger, do Senegal, da Gâmbia, e foi a ação concertada das flotilhas armadas que barrou os invasores. Foi também essa resistência militar que obrigou os europeus a negociar a maneira de fazer comércio com as populações. Assim, o rei do Congo comunicou a João Afonso, um negociante português a serviço de Francisco I, as condições em que ele poderia penetrar no Zaire. Um tratado devidamente negociado está na origem da primeira feitoria dos portugueses em Angola (1571), onde também foi controlado o comércio dos portugueses naquelas regiões, em especial o tráfico negreiro.
(Marc Ferro. História das colonizações – Das conquistas às independências – século XIII a XX.)


A partir do excerto e das discussões presentes na obra citada, é correto afirmar que Portugal

Alternativas
Comentários
  • A obra de Marc Ferro, “ História das colonizações – Das conquistas às independências – século XIII a XX" mostra, de forma detalhada, a colonização europeia em regiões africanas e asiáticas. O trecho apresentado mostra a reação de povos africanos à entrada de europeus. No caso, portugueses.
    Ao contrário do que normalmente se acredita, a penetração do elemento europeu pela costa atlântica não foi tão fácil. Houve reação dos povos locais e, muitas vezes, a negociação com governos foram vitais para o estabelecimento de postos de comércio. 

    Uma das alternativas indica uma situação acerca da entrada de portugueses nas costas de África. 
    A) INCORRETA- O comércio com regiões africanas é anterior à chegada ao que será o Brasil. Além disso, a produção e e comércio do açúcar começam a ser estabelecidos após 1530. 

    B) INCORRETA – Portugal não desistiu de sua presença na África atlântica, mesmo com a reação dos povos da região. Portugueses negociam suas posições sempre que possível e atuam com violência quando julgam necessário para o estabelecimento de seus interesses. 

    C) CORRETA- O trecho mostra, de maneira clara e inequívoca, a necessidade de negociação entre portugueses e governantes africanos de áreas litorâneas para o estabelecimento de feitorias. O estabelecimento do europeu foi mais difícil do que se imaginava em função da habilidade militar dos povos da área do Senegâmbia. 

    D) INCORRETA – As feitorias nas costas africanas eram importantes até mesmo para a manutenção do comércio de especiarias com a Ásia. As feitorias africanas eram postos de comércio e postos de aguada , além de portos para reparos das caravelas e naus que iam e vinham da Índia para Portugal. 

    E) INCORRETA- O comércio mais importante era o de escravos, seguido pelo de marfim e de ouro. Outros produtos de menor importância eram também comerciados. Para viabilizar tal comércio era necessária a interiorização e a fixação no território. 

    Gabarito do Professor: Letra C.