- ID
- 3540679
- Banca
- Avança SP
- Órgão
- Prefeitura de Pereiras - SP
- Ano
- 2019
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Benito Mussolini convenceu os italianos de que podia fazer algo para resolver os problemas da pátria. E por algum tempo de fato conseguiu. Seu pai era ferreiro e também um revolucionário. Assim, deu ao filho o nome de uma figura revolucionária, Benito Juarez, o libertador do México. Sua mãe, Rosa, era a professora do povoado, uma católica devota que não queria revolução alguma. O jovem Benito, puxando um pouco ao pai e um pouco à mãe, queria ser professor e revolucionário. No início do século XX, após ser recusado como professor em diversas cidades, foi viver na Suíça. Talentoso com as palavras, tanto as escritas quanto as pronunciadas do alto das tribunas, Mussolini voltou à Itália para ser editor de jornais radicais em Forli, sua cidade natal, cuja publicação se chamava “Luta de Classes”, e em Trento, perto da fronteira com a Áustria. Suas opiniões lhe renderam algum tempo na prisão. Por fim, foi convidado a assumir a editoria do “Avanti”, jornal oficial dos socialistas. Quando a Primeira Guerra Mundial eclodiu, ele desafiou a posição dos socialistas – que queriam a neutralidade – e defendeu que a Itália tomasse parte na guerra contra os povos de língua alemã, os quais considerava inimigos naturais, uma vez que ocupavam parte do nordeste da Itália. Após a entrada do país na guerra, serviu como soldado nas geladas montanhas do norte, perto da fronteira austríaca. Em 1917, foi ferido pela explosão de uma granada. Seu período como soldado foi útil para a política – muitos veteranos de guerra acreditavam que, quando Mussolini falava em público, falava em nome deles. Combativo e ambicioso, o líder fundou o Partido Fascista, em Milão, em março de 1919, quatro meses depois do fim da guerra (...).
(BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. São Paulo: Fundamento, 2011, p. 112).