O que compreende essas cinco fases afinal :
Taylor (1968) identificou quatro (4) estágios de necessidades de informação:
Q1 - Necessidade Visceral - Aquela ainda não expressa, mas que pode ser manifestada por uma vaga insatisfação;
Q2 - Necessidade consciente – Aquela indefinida pelo usuário, que pode (ou não), ser expressa de uma forma ambígua;
Q3 - Necessidade Formal – Aquela que usuário pode descrevê-la, em termos concretos, por isso ele procura o sistema de informação para identificar em quais recursos, se em livro, em periódicos, em teses etc, pode encontrar a informação desejada;
Q4 - Necessidade Comprometida - Neste nível, o usuário já começou a sua busca e então procura o sistema de informação/ bibliotecário, dando início, por meio de uma entrevista de referência, a uma negociação da questão (sua necessidade de informação)
Taylor e os “5 filtros”
a) A área ou assunto de interesse do usuário;
b) a motivação do usuário (a razão da busca);
c) as características pessoais do usuário ( background );
d) a relação da expressão de busca do usuário com a organização bibliográfica;
e) a resposta antecipada (quando o usuário determina a quantidade de itens que deseja recuperar).
2.1. Estados Anômalos do Conhecimento - ASK – (Anomalous State Of Knowledge) - Belkin (1982)
Focus Continuum :
Uma das primeiras pesquisas sobre a busca da informação do ponto de vista do usuário foi realizada por Belkin em 1982, que criou a expressão "estados anômalos do conhecimento" (Anomalous state of knowledge - ASK). O modelo mostra que os indivíduos em situações problemáticas, ao sentirem inadequação no seu estado de conhecimento, passam a buscar informações. O processo tem início com uma dúvida, que motiva o usuário a buscar informação para suprir sua deficiência. O modelo parte do princípio de que os indivíduos que buscam a informação são quase sempre incapazes de especificar suas necessidades. A necessidade de informação, apesar de desconhecida pelo indivíduo, está subjacente à tarefa de resolução de um problema ou de um novo tópico que se precisa conhecer.
Esse fato pode ocorrer quando o indivíduo, diante de uma situação problema, reconhece que seu o conhecimento não é suficiente para resolvê-lo, passando a buscar novas informações, dando inicio a um novo processo de busca de informação. O modelo se baseia na concepção da necessidade de informação do usuário como um processo dinâmico e evolutivo na medida em que o usuário interage com o sistema de informação e avança no processo construtivo de busca de informação, que se inicia com um problema e termina com a sua solução. Belkin et al(1982) utilizam uma escala, denominada focus continuum, para medir o nível ou o estado de necessidade de informação cujo início é o diagnóstico do problema ou da dúvida, e o fim é a solução do problema.