GAB: B
LE GOFF, J. A história deve ser dividia em pedaços? São Paulo: Editora Unesp, 2015, p. 12
No presente livro de Le Goff, vemos a problematização desse conceito de temporalidade partindo das motivações que fazem um estudioso X propor uma linha divisória na História; e chegando à reinterpretação de quanto dura um período ou uma Idade, assim como seu nome e sua real importância (ou não) para um povo. No Ocidente, por influência europeia (mais precisamente, francesa, após o século XVIII) convencionou-se dividir o estudo da História assim: Pré-História; Idade Antiga (Antiguidade); Idade Média; Idade Moderna e Idade Contemporânea. Cada uma dessas idades, como já vimos, pode ser dividia em diversos períodos, dependendo do que se quer estudar. O que talvez muita gente não saiba é que os fatos normalmente utilizados para dar início e fim a essas Idades não são unânimes em Teoria da História, e existem linhas de pensamento que estendem a duração muito além do que normalmente as pessoas estão acostumadas. Esse tipo de pensamento, base central do presente livro, é chamado de longa duração.
Em essência, o autor olha para a matéria-prima da História e discute se esse tipo de divisão realmente serve para alguma coisa; se os historiadores devem/precisam fazer isso, ou se essas divisões servem apenas para engrandecimento ou diminuição de determinados períodos, ideologias, governantes ou personalidades de uma época.