SóProvas


ID
362929
Banca
FCC
Órgão
TCE-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

Vários estudos têm alertado que tanto a população da
Terra quanto os níveis de consumo crescem mais rapidamente
do que a capacidade de regeneração dos sistemas naturais. Um
dos mais recentes, o relatório Planeta Vivo elaborado pela ONG
internacional WWF, estima que atualmente três quartos da
população mundial vivem em países que consomem mais
recursos do que conseguem repor.
Só Estados Unidos e China consomem, cada um, 21%
dos recursos naturais do planeta. Até 1960, a maior parte dos
países vivia dentro de seus limites ecológicos. Em poucas
décadas do atual modelo de produção e consumo, a humanida-
de exauriu 60% da água disponível e dizimou um terço das
espécies vivas do planeta.
"O argumento de que o crescimento econômico é a
solução já não basta. Não há recursos naturais para suportar o
crescimento constante. A Terra é finita e a economia clássica
sempre ignorou essa verdade elementar", afirma o ecoecono-
mista Hugo Penteado. Ele não está sozinho. A urgência dos
problemas ambientais e suas implicações para a economia das
nações têm sido terreno fértil para o desenvolvimento da
ecoeconomia, ou economia ecológica, que não é exatamente
nova. Seus principais expoentes começaram a surgir na década
de 1960. Hoje, estão paulatinamente ganhando projeção graças
à visibilidade que o tema sustentabilidade conquistou.
Para essa escola, as novas métricas para medir o cres-
cimento não bastam, embora sejam bem-vindas em um proces-
so de transição. Para a ecoeconomia, é preciso parar de cres-
cer em níveis exponenciais e reproduzir – ou "biomimetizar" – os
ciclos da natureza: para ser sustentável, a economia deve cami-
nhar para ser cada vez mais parecida com os processos
naturais.
"A economia baseada no mecanicismo não oferece mais
respostas. É preciso encontrar um novo modelo, que dê res-
postas a questões como geração de empregos, desenvolvi-
mento com qualidade e até mesmo uma desmaterialização do
sistema. Vender serviços, não apenas produtos, e também pro-
duzir em ciclos fechados, sem desperdício", afirma o professor
Paulo Durval Branco, da Escola Superior de Conservação
Ambiental. De acordo com ele, embora as empresas venham
repetindo a palavra sustentabilidade como um mantra, são pou-
quíssimas as que fizeram mudanças efetivas em seus modelos
de negócio. O desperdício de matérias-primas, o estímulo ao
consumismo e a obsolescência programada (bens fabricados
com data certa para serem substituídos) ainda ditam as re-
gras.


(Texto adaptado do artigo de Andrea Vialli. O Estado de S.
Paulo,
H4 Especial, Vida &Sustentabilidade, 15 de maio de 2009)

Identifica-se relação de causa (1) e consequência (2) entre os segmentos:

Alternativas
Comentários
  • Letra C

    graças à visibilidade que o tema sustentabilidade conquistou  (causa)

    estão paulatinamente ganhando projeção... (consequência)
  • Primeiro, vou reescrever as frases para facilitar o entendimento.   a) Vários estudos têm alertado que tanto a população da Terra quanto os níveis de consumo crescem mais rapidamente do que a capacidade de regeneração dos sistemas naturais. Aqui há uma relação de COMPARAÇÃO. Há uma ideia de comparação entre o crescimento dos níveis de consumo e a capacidade de regeneração dos sistemas naturais. **********

     b)  atualmente três quartos da população mundial vivem em países que consomem mais recursos do que conseguem repor.
            Aqui a oração em desta é uma ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA. Será restritiva quando não estiver isoladada por vírgulas.
            Explicativa quando houver vírgula isolando a oração subordinada.


           **********



     c) graças à visibilidade que o tema sustentabilidade conquistou estão paulatinamente ganhando projeção...          Aqui há relação de CAUSA X CONSEQUÊNCIA. A causa é a oração em destaque; a consequência é a inserida pelo verbo ESTAR.
           Acredito que o "graças" funcione como conjunção causal nessa situação, visto que se poderia reescrever as orações desta maneira:

           "Estão paulatinamente ganhando projeção, por causa da visibilidade que o tema sustentabilidade conquistou."


           ***********



    d) Para essa escola, as novas métricas para medir o crescimento não bastamembora sejam bem-vindas em um processo de transição.        A oração em destaque é uma ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA.
         As conjunções concessivas introduzem orações cujo fato não modifica o evento da outra oração.

          Um exemplo mais simples: Não irei ao baile, mesmo que ele não vá. 

          
         *************




    e)  embora as empresas venham repetindo a palavra sustentabilidade como um mantrasão pouquíssimas as que fizeram mudanças efetivas em seus modelos de negócio. Aqui também trata-se de uma ORAÇÃO SUBORDINADA CONCESSIVA. O exemplo apenas inverteu a posição (que seria mais usual) da oração principal vir primeiro que a oração subordinada. 



    Espero ter ajudado. ;)
  • Só pra complementar, na letra b) atualmente três quartos da população mundial vivem em países que consomem mais recursos do que conseguem repor.  

    o "que" é uma conjunção integrante, conjunção que introduz oração que completa o sentido da primeira. Certo?

    Bons estudos!
  • resolvi da seguinte maneira, bem simples:

    D e E o ''embora''é concessivo, ideia de contrariedade, não daria ideia de causa consequencia.

    A o ''do que'' ideia de comparação, também sem ideia de causa e consequencia.

     

    Agora facilitou, podemos focar na B e C apenas.

    Na B não seria causa e consequência, pois o ''que'' é restritivo, logo sobra a C para marcar.

     

    Claro que é importante classificar tuuuudo, mas vamos tentar eliminar o máximo possível, para se acostumar no dia da prova.